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Demissões no PIM chega a 25 mil

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12/11/2014

No período de janeiro ao início de novembro deste ano o Sindmetal (Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas) registrou 25 mil demissões em empresas do Distrito Industrial. A previsão, segundo o sindicato, é que até o final do ano este número chegue a 28 mil desligamentos. Na tentativa de solucionar o problema, os sindicalistas, unidos à CUT (Central Única dos Trabalhadores) se reunirão com o Governador José Melo (PROS). O encontro deve acontecer até sexta-feira (14).

Segundo o presidente do Sindmetal e da CUT-AM, Valdemir Santana, o índice de desligamentos obtidos no PIM (Polo Industrial de Manaus) neste ano foi o pior resultado em comparação aos últimos 4 anos. Em 2013 o saldo de desligamentos foi de 24 mil. Ele afirma que os números são reais e que os postos de trabalhos anteriormente ocupados não foram repostos. “Todos esses postos deixaram de ser ocupados e permanecem vagos. O único setor que registrou algumas admissões foi o de refrigeração, no segmento de ar condicionados”, disse.

De acordo com Santana, atualmente o PIM conta com 125 mil trabalhadores. Ele destacou as demissões originadas pelo Grupo Lenovo (antigo Grupo CCE). A empresa, que antes registrava um quadro funcional composto por 6 mil colaboradores, hoje conta com cerca de 2,5mil funcionários. “Da mesma forma a Philco da Amazônia S.A. antes operava com 3,5mil trabalhadores e hoje esse número não chega a 1,2 mil. Se essas demissões não estivessem acontecendo o PIM teria condições, hoje, de operar com 140 mil pessoas”, comentou.

Além das questões numéricas referentes às demissões, o sindicato e a CUT devem solicitar ao Governador José Melo a criação de uma política industrial amazonense que agregue mão de obra ao PIM. Santana avalia que mesmo com posse dos benefícios fiscais as empresas do polo industrial importam componentes, como por exemplo da China, fator que tem desencadeado no baixo desempenho de indústrias do segmento eletroeletrônico. “Não é só a Suframa que tem o poder de resolver essas questões industriais mas o Governo do Estado também tem. Essas empresas recebem os incentivos fiscais e por isso devem ser chamadas para dar uma justificativa”, reclama. “O sindicato é um representante do trabalhador. Nossa preocupação é que as demissões continuem. Para que isso acabe é preciso ter o mínimo de importação possível e isso pode ser feito”, complementa.

Para o presidente da Aficam (Associação dos Fabricantes de Componentes da Amazônia), Cristóvão Marques, o elevado registro de desligamentos é reflexo da crise econômica que atinge o país. Ele ressalta a desaceleração na produção de motocicletas e de televisores ao longo de 2014, o que segundo ele, acarreta na redução dos quadros funcionais. “As fábricas ainda hoje estão paralisando as atividades. Nenhuma empresa de componentes tem pedidos formalizados para entrega até o final do ano. A situação está cada vez pior. Não há esperança”, lamenta.

Marques ainda disse que as produções de forno micro-ondas e de ar condicionado são as que mais investem na aquisição de componentes importados como cabo de força e chicote, produtos que por sinal, são fabricados no PIM. Ele espera que na reunião com o governo do Estado o espaço para a compra de insumos importados seja fechado. “A questão é fechar a brecha para a importação de componentes, pois só desta forma mais empregos poderão ser gerados”.  

Fonte: JCAM

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