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Demanda por profissionais qualificados é alta

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21/01/2014

A falta de qualificação e especialização em alguns setores da indústria tem sido um gargalo para o desenvolvimento econômico e representa uma queda na qualidade de ensino do Brasil. Segundo pesquisa da Fundação Dom Cabral (conhecida escola superior de negócios, situada em Minas Gerais), 91% das companhias pesquisadas têm dificuldade na contratação de profissionais, especialmente para vagas de compradores, técnicos, administradores, gerente de projetos e trabalhador manual.

Com o índice de desemprego no menor nível da história - em 4,6% (novembro de 2013) -, a demanda tem superado a oferta de profissionais em algumas áreas, reclamam as empresas. Mais de 80% delas afirmam que a oferta de mão de obra no mercado está entre média e baixa.

Mercado local


A capital amazonense sofre por ter maior demanda que a oferta, o que reduz as contratações locais. De acordo com a diretora técnica da Sinapsy Psicologia e Consultoria Organizacional Ltda., psicóloga e coach Leuza Medeiros “uma demanda maior aumenta a pretensão salarial e o profissional passa a ter maior poder de negociação por salário e benefícios. Com uma boa qualificação, este profissional recebe propostas com melhores condições e aumenta a rotatividade dos cargos. O desafio é encontrar alguém tão qualificado quanto o anterior para suprir a demanda gerada.”

Para a diretora, a questão educacional é um dos fatores de baixo volume de contratações “Manaus tem profissionais acima da média, mas que demonstram deficiências em alguns pontos. Um grande entrave é a falta de qualificação em outros idiomas, especialmente na língua inglesa, mas ainda conta a falta de escolaridade e uma formação mais abrangente,” explica.

A dificuldade em preencher os quadros faz com que empresas abram mão de alguns requisitos, o que pode comprometer os resultados finais. “A necessidade faz com o contratante opte por profissionais sem a qualificação necessária. Algumas se dispõem a arcar com essa especialização, fornecendo os cursos ao funcionário. Porém, o profissional não deve esperar somente pela contratante. Quanto maior a qualificação, melhor, afinal competimos com o mundo inteiro,” conta Leuza Medeiros.

A competitividade abre oportunidades de empregos para estrangeiros e mais uma vez, a qualificação deve ser cobrada pelas empresas “ao contrário do que se pensa comumente, os estrangeiros não são contratados por serem estrangeiros, sim por estarem qualificados. A qualificação não é um gasto, é um investimento,” fecha Leuza.

Trainees e especializados

A criação de cargos cada vez mais específicos, o uso de equipamentos ultramodernos e a globalização dos negócios intensificaram o problema de mão de obra nas empresas, mas segundo o responsável pelo marketing do IPOG Manaus, Willian Duarte, “A modernização não é a única cobrança, ficando mais voltada ao trabalho operacional. Ultimamente o mercado cobra uma maior visão sobre valores recentes como as questões socioambientais.”

Há alguns anos, foi cogitado um apagão na área de recursos humanos, o que é confirmado por Duarte, que apresenta alguns números “Para nosso programa de trainees, recebemos 402 currículos; 308 profissionais realizaram os testes a distância; 112 profissionais participaram do processo das dinâmicas divididos em quatro grupos; 23 profissionais participaram das entrevistas pessoais e sete profissionais foram selecionados para atuar no IPOG. O que legitima a visão apontada anteriormente. Estes profissionais (bacharel em direito, administração, marketing e engenharia da produção), tem uma perspectiva de 10 salários mínimos por possuírem um perfil altamente inovador."

Fonte: JCAM

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