CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas

Notícias

Demanda por eletroeletrônicos deve voltar a crescer apenas em 2018

  1. Principal
  2. Notícias

13/12/2016

A indústria de eletroeletrônicos pode retomar o crescimento só em 2018, depois de três anos de desempenho fraco. A alta nas vendas deve aparecer primeiro em bens de consumo e depois em equipamentos para infraestrutura.

“O ano de 2016 está sendo de muita dificuldade e a perspectiva até agora é manter ao menos o tamanho da indústria, mas existe muita ociosidade”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato. Para ele, o setor ainda deve enfrentar problemas com a baixa demanda por eletroeletrônicos no País em 2017.

O levantamento feito pela entidade indica retração de 8% no faturamento este ano. Para 2017, a estimativa é de 1% de alta no valor faturado. “Há uma forte tendência de estabilidade em 2017 nas áreas que acompanhamos”, afirmou o gerente do departamento de economia da associação, Luiz Cezar Rochel.

Ele destacou o desempenho das exportações na categoria de informática, cujo embarque de impressoras vem aumentando. “Não sabemos qual empresa está elevando esses números, mas a alta nos leva a acreditar que foi montada uma base de exportação. Porque nos últimos anos o envio de impressoras para México, Estados Unidos, Panamá e Argentina cresceu”, comentou Rochel. Apesar da alta, o faturamento em informática tem recuo estimado em 23% para R$ 23,35 bilhões este ano.

Já as exportações do setor como um todo caíram 5% este ano, para US$ 5,59 bilhões, e as importações somaram US$ 25,30 bilhões, queda de 20% , ambos ante o ano passado. Rochel ressaltou que o menor volume de importação deve reduzir em 23% o déficit da balança comercial do setor, atingindo US$ 19,71 bilhões.

“A melhora na balança não veio por uma alta das exportações. E fizemos um levantamento do comportamento da taxa de câmbio neste ano e observamos que o dólar cotado abaixo de R$ 3,40, as exportações do setor caem”, disse ele.

Na avaliação de Rochel, os produtos brasileiros no exterior se tornam competitivos no patamar de câmbio a R$ 3,80, cenário distante do atual. Depois de iniciar o ano cotado a R$ 4,05, o dólar chegou em outubro ao patamar de R$ 3,19, de acordo com a Abinee. Sem expectativa de ampliar exportações, a retomada do setor depende do mercado interno.

“Vem acontecendo um adiamento das compras. Porque se em 2014 o brasileiro via o vizinho desempregado, em 2016 ele teve uma ou mais pessoas na casa dele sem emprego e não se sabe ainda por quanto tempo viveremos essa estagnação. Então os bens de necessidade básica são colocados na frente”, observou Barbato.

Produtos como cafeteira, secador de cabelo e fritadeira sem óleo, que neste ano registraram desempenho melhor se comparado à outras categorias, não devem ter tanto destaque em 2017, aposta a consultoria Euromonitor. “Essas categorias ainda devem ter bom desempenho, mas as demais também devem melhorar, reduzindo a diferença que observamos este ano”, explicou o analista da Euromonitor, Elton Morimitsu. Ele espera que o cenário para essa indústria continue desafiador em 2017, com crescimento relevante apenas em 2018.

Fonte: DCI

Coluna do CIEAM Ver todos

Estudos Ver todos os estudos

Diálogos Amazônicos Ver todos

CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas © 2023. CIEAM. Todos os direitos reservados.

Opera House