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Deficit supera US$ 2 bi no Amazonas

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25/03/2014

O Amazonas contribuiu, no primeiro bimestre de 2014, com um deficit de aproximadamente US$ 2,32 bi para a balança comercial brasileira. No total, o Estado importou um montante equivalente a US$ 2,48 bi entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, enquanto as exportações ficaram em apenas US$ 153 milhões.Os números, divulgados pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), representam uma queda de -2,5% das exportações em relação ao mesmo período do ano passado, ao passo que as importações apresentaram incremento de 46,5%.

Para o presidente do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Marcus Evangelista, este deficit –que já vem se repetindo ao longo dos anos – “sempre vai existir”, devido às características intrínsecas da indústria amazonense. “Nosso Polo Industrial utiliza muitos insumos importados. Por dificuldades logísticas, muitas vezes, os empresários compram grandes quantidades de insumos para formar estoque –e isso não é vendido imediatamente. Esses produtos ficam estocados e só depois são comercializados”, explicou. De acordo com Evangelista, esse saldo negativo do Amazonas acaba puxando o resultado nacional para baixo, por conta do grande volume de produção industrial do PIM

“É relevante porque nós temos, graças ao Polo Industrial de Manaus, uma participação considerável no PIB (Produto Interno Bruto) Industrial. A partir do momento que a balança amazonense apresenta deficit, isso impacta na balança brasileira”, garante.

Exportações

Entre as empresas que tiveram destaque negativo no período, no Amazonas, estão a Petrobras Distribuidora S.A, com uma redução de -36% nas vendas externas, e a Mineração Taboca S.A, responsável por um decréscimo de 34%. Curiosamente, a Petróleo Brasileiro S.A Petrobras teve um saldo positivo de 118,18% nas exportações. A Recofarma Indústria do Amazonas Ltda., principal exportadora do PIM, com participação de 26,13%, também apresentou queda: - 7,85%. Já as empresas do setor de duas rodas Moto Honda da Amazônia Ltda (+3,72) e Yamaha Motor da Amazônia Ltda (+115,75) demonstraram recuperação com números positivos. Como resultado, as motocicletas com motor pistão foram o segundo produto mais vendido ao exterior no período, com um faturamento de US$ 28,7 milhões, um aumento de 37,14% em relação a 2013. Já o nosso principal produto de exportação, prepara ações para elaboração de bebidas, teve queda de 4,68%. Argentina, Venezuela, Colombia e Estados Unidos são os principais destinos dos produtos fabricados no Polo Industrial de Manaus.

Importações

Por outro lado, as empresas sul-coreanas instaladas no PIM foram as grandes importadores da Zona Franca: Samsung e LG Eletronics foram, juntas, responsáveis por pouco mais de 30% de todo volume de importações do PIM no bimestre, com 19,36% e 10,77% respectivamente.

Por conta disso, o país asiático aumentou em 96,88% seu volume de vendas para o Estado e já é o segundo principal importador de matérias-primas para o PIM, só perdendo para os chineses - que são responsáveis por 39,45% de todas as importações amazonenses. Já a empresa Masa da Amazônia Ltda. foi a que apresentou a maior variação positiva, com um acréscimo de 413,70% nas importações. Dentre todos os itens importados pelo Estado no primeiro bimestre, tiveram destaque as partes para aparelhos receptores de rádio e televisão, com uma participação de 28,49% do total.

Brasil

A balança comercial brasileira registrou deficit de US$ 2,1 bilhões em fevereiro, o pior resultado para o mês na série histórica, que começa em 1994, informou nesta quinta-feira (6) o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

No mês passado, o Brasil exportou um total de US$ 15,9 bilhões e importou US$ 18 bilhões –a diferença entre os dois valores, de US$ 2,1 bilhões, é o deficit registrado no intervalo. Esse deficit supera o verificado em fevereiro do ano passado, que foi de US$ 1,27 bilhão. Mas é menor que o deficit de janeiro de 2014, que atingiu US$ 4 bilhões. No acumulado do ano, o deficit na balança comercial (exportações menos as importações) já é de US$ 6,18 bilhões, superando os US$ 5,3 bilhões de deficit registrados no primeiro bimestre de 2013.

Fonte: JCAM

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