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De acordo com a Suframa, PIM perdeu mais de 20 mil vagas durante o ano de 2015

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13/01/2016

Principal motor da economia amazonense, a indústria encerrou 2015 com um dos piores resultados da última década, com queda da produção física, vendas reduzidas e menos emprego. O cenário foi descrito na pesquisa da produção industrial divulgada, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e também no resultado dos indicadores do Polo Industrial de Manaus (PIM) pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Enquanto a produção industrial caiu mais de 15,8% de janeiro a novembro de 2015, o faturamento do PIM foi R$ 72,7 bilhões, no mesmo período, o que correspondeu a uma queda 9,65%, inferior ao obtido no mesmo período de 2014 (R$ 80,5 bilhões).

Com números nada animados, o vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, arrisca dizer que vivemos a pior crise da década. “Esta crise atinge todos os segmentos industriais, nenhum que escape, como o setor de alimentação e o de produtos de beleza. A (crise) de 2008 foi uma crise financeira internacional, mas como somos um bom mercado sentimentos menos, mas não foi tanto quanto agora. Vivemos uma crise de confiança”, observou Azevedo, que é dirigente de uma fábrica em Manaus.

“Devemos fechar o ano com faturamento de R$ 76 bilhões, o que significa uma queda de quase 10%. Quando vamos pra o dólar, devemos encerrar o ano em torno de US$ 25 bilhões contra US$ 37 bilhões em 2014, queda de 35%.

Outro aspecto significativo é o desemprego. Segundo a Suframa, o Amazonas perdeu mais de 20 mil vagas em 2015. “Este ano devemos terminar 90 mil postos de trabalho, o que significa uns 30 mil empregos a menos. Isso realmente é uma queda muito significativa em geral”, lamentou o vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo.

Pesquisa


O Amazonas liderou as perdas na produção entre 15 regiões industriais brasileiras, segundo a pesquisa do IBGE, que divulgou resultados até novembro de 2015. A indústria amazonense em todos os setores teve uma taxa negativa de 14,9% de janeiro a novembro, acima da média brasileira que foi de -7,7%.

Oito das dez atividades pesquisadas tiveram perdas, principalmente setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-33,0%), de equipamentos de transporte (-38,5%) e derivados do petróleo e biocombustíveis (-27,4%).

Dólar mais caro afeta faturamento


O quadro ruim é explicado pela queda no faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM). Entre janeiro e novembro de 2015 a indústria faturou R$ 72,7 bilhões, contra R$ 80,5 bilhões no mesmo período de 2014, ou seja, uma queda expressiva de 9,6%.

O resultado foi 35,32% menor em dólar por conta da desvalorização do real frente à moeda americana. Foram US$ 22,3 bilhões alcançados até o penúltimo mês do ano passado, em comparação aos US$ 34.5 bilhões em 2014.

Com R$ 21,7 bilhões (US$ 6,6 bilhões), o segmento eletroeletrônico foi o mais atingido.

A superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, avalia que os resultados dos indicadores de desempenho do PIM se dão pela queda no padrão das famílias brasileiras que deixaram de consumir bens que são fabricados em Manaus.

Fonte: Portal Acrítica.com.br

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