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Dados da Indústria em SP e AM sugerem que efeito do câmbio ainda é pequeno

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11/11/2015

A desvalorização do câmbio ainda tem influência pouco nítida no comportamento da indústria, mas pode ter sido responsável, em parte, por ligeira melhora do setor entre agora e setembro em alguns Estados, segundo economistas ouvidos pelo Valor. Segundo o IBGE, das 9 das 13 regiões pesquisadas apresentaram dados melhores.

"O câmbio ajuda porque cria mercado, mas para alguns setores tem um efeito dúbio, porque também implica elevação de custo", disse Rafael Fagundes Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

No período, a indústria de São Paulo, por exemplo, recuou 0,2% queda menos intensa que a registrada nos três meses anteriores, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. A diversificação de atividade do parque industrial paulista, afirma o analista do Iedi, faz com que os custos provocados pela alta do dólar sejam menos sentidos no Estado.

No Estado do Amazonas, ocorre o contrário, lembra Cagnin. As fábricas da Zona Franca de Manaus compram diversos componentes de fora do país, sendo fortemente impactadas pela alta da moeda americana. Mesmo assim, a indústria do Amazonas reverteu sequência de quatro meses seguidos de resultados negativos e cresceu 0,1% em setembro.

No acumulado entre janeiro e setembro, porém, o Amazonas amarga o pior resultado entre todos os 15 Estados pesquisados, com queda de 14,5%. "É o segmento que está no olho do furacão do bem de consumo durável. O sujeito não troca de geladeira e TV todo mês, e num cenário de contração de crédito e queda da renda demora ainda mais", diz o economista.

O polo amazonense enfrenta dois problemas, explica Celina Fagundes, professora da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP): o custo mais elevado por causa do dólar e um mercado em retração, inclusive para exportação.

Já em São Paulo, com a taxa de câmbio mais favorável, apontou Cagnin, do Iedi, "a intenção de priorizar a conquista de mercado externo está ganhando força, mas leva tempo para conquistar mercado internacionais".

A indústria de São Paulo recuou 12,8% na comparação com setembro do ano passado - pior resultado desde 2002 - e está 21,4% abaixo do melhor momento, alcançado em março de 2011. O desempenho negativo está levando o setor a ficar mais perto do fundo do poço, atingido em julho de 2003, quando a indústria paulista ficou 31,8% abaixo do pico histórico.

Espírito Santo, Pará e Mato Grosso registraram aumento na atividade no acumulado de janeiro a setembro por causa da atividade extrativa, nos dois primeiros, e da agroindústria, no terceiro. No Rio de Janeiro, a queda em derivados do petróleo puxou para baixo a indústria do Estado. Na comparação com igual mês de 2014 o tombo foi de 11,2%

A produção de óleos combustíveis, gasolina, gás liquefeito de petróleo e diesel despencou 21,3% e a de veículos automotores, 35,1%. A indústria extrativa do Rio, no mesmo período, perdeu 5,2%, recorde negativo desde janeiro de 2014 quando encolheu 5,6%. A queda é generalizada: 11 dos 14 dos setores investigados recuaram.

Fonte: Valor Econômico

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