12/02/2014
A indústria brasileira encerrou 2013 com uma pressão de custos de mão de obra bem menor do que no ano anterior. A folha real de pagamentos subiu 1,2% no período, depois de altas de 4,4% e 4,3% em 2012 e 2011, respectivamente, como mostrou a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada ontem. Em resposta à atividade fraca, os empresários continuaram demitindo e a ocupação recuou 1,1% em relação a 2012, quando já tinha caído 1,4%. Graças à redução de 1,3% nas horas pagas, a produtividade se recuperou e cresceu 2,5%, ante queda de 0,6% no período anterior. Apesar do cenário de maior alívio para a indústria, analistas dizem que o setor deve seguir com ajustes.
Com estimativa de alta de 1% para a produção industrial de 2014, Edgard Pereira, professor do Instituto de Economia da Unicamp, espera desaceleração ainda maior da folha real de pagamentos e a ocupação ainda em terreno negativo. Leandro Padulla, da MCM Consultores, vê "ocupação talvez um pouco menos negativa". Economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, diz que a alta da Selic e a desaceleração no mercado de trabalho devem afetar o emprego industrial.
Fonte: Valor Econômico