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Custo da indústria reduz

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19/12/2019

Fonte: Jornal do Commercio

Indicador de Custos Industriais caiu 0,9% na comparação do terceiro trimestre com o segundo de 2019 e reduziu 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A queda nos custos tributário e de capital ajudaram a dar ganhos de lucratividade e de competitividade para o setor, tanto no mercado doméstico como no externo.

O Índice de Custo de Produção também ajudou nessa equação, ao encolher 0,3% na virada dos trimestres. Foi influenciado pela retração de 2,5% no custo de energia, que foi impactado, por sua vez, pela queda de 11,5% no preço do óleo combustível. Os dados são da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e foram divulgados nesta segunda (16). Na análise do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) e da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), contudo, a redução de custos fabris no PIM (Polo Industrial de Manaus) se deu muito mais pelos cortes seguidos na Selic (taxa básica de juros), do que aos demais fatores citados no estudo da CNI.

Praticamente todos os componentes do indicador caíram, na comparação com o segundo trimestre, mas o que apresentou maior retração foi o de custos tributários. O índice foi 3,9% menor, influenciado pelo crescimento do PIB industrial, cuja expansão foi maior em proporção ao aumento da arrecadação. Conforme o estudo, o recuo pode estar relacionado ao fato de a arrecadação tributária não ocorrer simultaneamente à p r o d u ç ã o , dando vant a g e m a o PIB em relação ao recolhimento de tributos, em m o m e n t o s de retomada.

O custo com capital de giro, por sua vez, atingiu o segundo menor valor da série, iniciada em 2006, ao cair 3,7%, em relação ao segundo trimestre. Na análise da CNI, os cortes na Selic permitiram o repasse de taxas bancárias mais atraentes às empresas, ao mesmo tempo em que induziu os bancos a emprestar menos ao governo e ao setor privado. O comportamento dos custos industriais representou ganhos de competitividade para a indústria brasileira, já que custo de produção.

de manufaturados nacionais caiu, enquanto o preço dos produtos importados que competem internamente com a indústria brasileira foram na direção contrária e aumentaram 0,7%.

Realidade diferente No entendimento do presidente do Cieam, Wilson Périco, o movimento descendente e contínuo da taxa básica de juros até um patamar inédito ajudou a aumentar os ganhos da indústria, mas outras variáveis que podem valer para a média nacional – a exemplo da retração no óleo combustível e seus custos derivados –não se aplicam à realidade da indústria incentivada de Manaus.

“Basta ver que o peso do frete não diminuiu. Apesar disso, os números do PIM têm sido positivos e ajudado o Estado a conseguir uma arrecadação recorde. Devemos chegar ao final do ano com crescimento de 7,5% a 10% em reais e provavelmente um empate em dólares.

E creio que chegaremos aos 92 mil empregos”, amenizou. Em sintonia, o vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, concorda que o peso do frete permanece constante para a indústria da ZFM, sendo uma permanente justificativa para seus incentivos, e reforça que a redução nos juros injetou mais crédito para consumidores e investidores movimentarem a economia, além de dar forças para a indústria seguir na trajetória de recuperação.

“As fábricas ainda trabalham com capacidade ociosa grande. Algumas conseguiram reservas para não dispensar uma mão de obra, que já está treinada, esperando um momento de demanda mais forte. Além disso, as empresas aprenderam a fazer mais com menos, aumentando a produtividade. Esperamos crescimento pra este ano e melhores condições para o próximo”, arrematou.

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