13/02/2019
Notícia publicada pelo Em Tempo Online
Rebeca Mota
Se você está na dúvida, a resposta é sim. Entretanto, só o curso profissionalizante não fará você se destacar no mercado de trabalho. O curso profissionalizante fará parte da complementação curricular, mas a graduação se faz necessária, segundo a presidente da Associação Brasileira de Recursos - Seccional Amazonas (ABRH-AM), Kátia Andrade.
Para a presidente, os cursos profissionalizantes são importantes preferencialmente para as pessoas que acabaram de concluir o Ensino Médio. Entretanto, para os que querem se destacar profissionalmente são necessárias outras exigências.
“Os cursos profissionalizantes dão empregabilidade de um curto prazo, é mais imediato. Por exemplo, os que querem um trabalho com urgência optam por um curso profissionalizante. Mas, a longo prazo, a pessoa tem que investir na qualificação com o complemento de um Curso Superior. Além disso, o curso de aperfeiçoamento dentro da área que escolheu vai fazer com que a pessoa cresça profissionalmente na carreira”, destaca Kátia.
Conhecimento é poder
Ela ressalta ainda que a graduação melhora consideravelmente os conhecimentos, uma "bagagem cultural" a mais que o curso profissionalizante. Para Andrade, com a graduação abrimos um leque de competências.
A analista de Recursos Humanos, Fernanda Marinho, conta que só com o curso profissionalizante a pessoa não é chamada para a entrevista. Ela percebe que a exigência é maior pela graduação, cursos complementares, experiência e o curso de inglês.
“Hoje as empresas exigem bastante, inclusive dos estagiários que estão em busca do primeiro emprego. Os cursos profissionalizantes são de suma importância. O mercado não olha só sua graduação, ele quer também outros conhecimentos. Ele quer um profissional completo. E uma pessoa que também tem só a graduação pode ficar fora do mercado de trabalho”, diz.
Idioma
De acordo com a analista, o inglês é muito importante. Muita das vagas que a RHF Talentos não fecha são por causa dessa dificuldade. “Aqui no Amazonas, poucas pessoas dominam o idioma”.
Em uma época onde as empresas exigiam menos das pessoas, o administrador Guilherme Moraes conta que "cresceu na vida" com vários cursos profissionalizantes e se tornou administrador de uma grande empresa sem ter graduação.
“Eu fiz vários cursos. A minha mãe me colocou em curso de cartazista, desenhista, letrista e fiz os primeiros cursos de informática quando o curso estava começando a surgir na vida dos brasileiros e no restante do mundo”, diz.
Cursos mais procurados
De acordo com o Senac, os cursos mais procurados no Amazonas são informática básica, cabeleireiro, manicure, marketing pessoal, garçom, técnico em cozinha, estética, atendente e curso de drones e fotografia.
Já no Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) informou que os cursos mais concorridos são os técnicos em administração, estética, recursos humanos, nutrição e dietética, enfermagem, radiologia, eletrônica e logística, serviços jurídicos, agente comunitário de saúde, vigilância em saúde, saúde bucal e análises clínicas.
Oportunidades gratuitas
A Prefeitura de Manaus abriu inscrições gratuitas com 90 vagas para variados cursos voltados a empreendedores da Zona Rural, como parte do projeto Aprendendo Profissões, Empreendendo o Futuro. Os cursos têm a finalidade de capacitar os empreendedores da zona agrícola. Os cursos são artesanato com matérias-primas de origem animal, vegetal e mineral, cooperativismo, fruticultura básica, inclusão digital rural, administração de negócio rural e produção de doces.
As inscrições, que ocorrerão nos dias 24 e 25 deste mês, devem ser feitas no Escritório do Empreendedor, na sede da Semtepi (antiga Semtrad), na rua Rio Jamary, 77, conjunto Vieiralves, bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul, das 8h às 12h.
Os interessados devem levar a cópia e o original dos seguintes documentos: RG, CPF e Comprovante de Residência.
Empregos no Amazonas
O saldo de empregos formais no Amazonas em 2018 foi o melhor registrado desde 2014, apontou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números mostram que o estado teve uma variação positiva de 6.569 postos de trabalho no ano passado. Manaus concentrou o maior número de admissões, sendo 4.905 novas vagas.
Em 2017, o saldo foi de apenas 78 empregos no Amazonas. Em 2018, a quantidade de pessoas que tiveram Carteira de Trabalho assinada chegou a 6.948, enquanto 379 foram demitidos. A diferença entre os valores dá o saldo de 6.569, que é o maior desde 2014.
Naquele ano, o número de demissões foi o maior que as contratações e o saldo ficou em -6.027. Em 2015, o saldo piorou marcando -37.033, e caiu em 2016 com -18.048. Em 2017, o valor ficou positivo em 78.