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Crises em países vizinhos causa saldo negativo nas exportações do Amazonas

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12/05/2015

De janeiro a abril deste ano, a balança comercial amazonense registrou saldo negativo de US$ 3,56 bilhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). De acordo com os números, no primeiro quadrimestre de 2015, tanto as importações quanto as exportações amazonenses registraram recuos, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Ainda segundo os números do Mdic, somente no mês de abril, as importações caíram 20,82%, registrando assim o menor índice mensal no ano, após subirem 29,27% em março. Por outro lado, as exportações cresceram apenas 0,63% no mesmo período, o que representa o pior resultado do ano, principalmente depois da forte alta de 14,08% no mês anterior.

Exportações


Nos primeiros quatro meses, as exportações do Amazonas somaram US$ 233,7 milhões, montante que representa uma retração de 29,23% na comparação com o ano passado. Já as importações anotaram uma queda um pouco menor: -18,60% (US$ 3,78 bi).

O item "Outras preparações para elaboração de bebidas" foi o destaque nas exportações entre os meses de janeiro e abril, com 31,62% de participação no total das vendas externas do Polo Industrial de Manaus (PIM), faturando US$ 73,9 milhões. Mesmo assim, na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado, houve queda de 20,15% nas vendas do produto. Com isso, a empresa Recofarma Industria do Amazonas Ltda. foi a que mais exportou em 2015 (US$ 72,4 milhões), seguida pela Procter & Gamble do Brasil S.A. (US$ 36,4 milhões) e Moto Honda da Amazônia Ltda. (US$ 14,33 milhões).

Mas apesar do resultado positivo no faturamento, as exportações da Moto Honda da Amazônia Ltda. apresentaram redução de 73,58%, consequência da queda nas vendas de motocicletas com motor pistão alternativo 125 cm (-68,60%). Ao Jornal do Commercio, o gerente executivo do Centro Internacional de Negócios (CIN/AM), Marcelo de Castro Lima, definiu como "espantosa" a velocidade com que as exportações do Amazonas vêm caindo nos últimos meses. No entanto, ele atribui o movimento a problemas de mercado, causados principalmente pela crise financeira nos países do Mercosul, principal mercado consumidor dos produtos fabricados no PIM, e a redução nas negociações com os asiáticos.

"Está havendo uma série de problemas nos países com os quais o Brasil mantém acordo, como no caso da Argentina, que é nosso principal cliente. Os negócios com os países asiáticos também estão parados, que são nosso mercado-alvo. Está se tentando fazer abertura para os mercados do Peru e Colômbia, porém ainda está em fase de negociações", enfatizou o gerente.

Importações


Já as importações registraram queda em quatro dos cinco principais produtos comprados pela indústria amazonense: Outras partes para aparelhos receptores rádio e televisão, etc. (-41,42%), microprocessadores (-22,24%), outros circuitos integrados monolíticos (-16,12%) e partes e acessórios de motocicletas incluindo ciclomotores (-15,83%). Os resultados positivos ficaram por conta de outras partes para aparelhos de telefonia/ telegrafia (+18,22%) e outras unidades de ar-condicionado (+39,29%).

Entre as empresas importadoras, tiveram destaque as eletrônicas Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda. (US$ 793,3 milhões), LG Electronics do Brasil Ltda. (US$ 427.3 milhões). Contido, ambas empresas também registram queda nas exportações em relação ao ano passado de 15,01% e 12,61%, respectivamente.

Marcelo Lima explicou ainda que a queda nas importações se deram em decorrência da desaceleração da produção do Polo Industrial de Manaus. "Como não está havendo vendas, como no caso do polo de duas rodas e da indústria eletroeletrônica, a tendência é de redução nas importações de componentes, partes e peças desses produtos", garantiu.

Fonte: JCAM


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