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Crise: Sefaz recua da proposta de conceder incentivo ao Polo de Duas Rodas

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22/09/2015

A Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda) recuou – por enquanto – da ideia de dar incentivo para o Setor de Duas Rodas do PIM (Polo Industrial de Manaus). As empresas pleiteavam um auxílio para reduzir o impacto financeiro da crise econômica, como a baixa na produção de motocicletas por conta da queda nas vendas e consequente desemprego de trabalhadores em Manaus. Até agosto as vendas caíram 12% em comparação ao ano passado.

De acordo com a assessoria da Sefaz-AM, nada foi fechado porque o governo não encontrou um ponto de equilíbrio entre o auxílio ao setor e a necessidade do Estado em não deixar a arrecadação cair. O grupo que estuda a problemática continua analisando as possibilidades para encontrar a melhor solução para o setor produtivo e para o Estado.

Entra as opções estudadas estavam: 1) sacrificar a contribuição que as indústrias dão à UEA (Universidade do Estado do Amazonas) ou 2) aumentar o percentual de crédito estímulo de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Por um lado o governo do Amazonas, que cortou secretarias e cargos e tem sofrido com queda na arrecadação tributária – não quer abrir mão de receita.

As negociações vinham ocorrendo há quatro meses. Atualmente, as empresas de motocicletas têm, em média, 55% de renúncia do ICMS, mas em alguns casos chega a 60%, dependendo do nível de verticalização do fabricante.

Cluster


A importância deste setor se traduz em números: é o segundo com maior faturamento do PIM, formado por 13 montadoras de bens finais e um cluster de 60 empresas fornecedoras de insumos e componentes.

O desemprego é recorrente. A Moto Honda, que ostentava o título de maior empregadora do PIM, com 10 mil empregos, hoje possui 7 mil funcionários. Só a Honda detém 90% de participação no mercado de motocicletas do Brasil.

Queda Generalizada


Conforme levantamento divulgado pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), a produção de motocicletas em agosto registrou 114.162 unidades, volume 11,6% superior a julho (102.330), que contou com período de paralisação para férias coletivas nas fabricantes localizadas no PIM. Em comparação a igual período do ano passado (129.767), os índices são negativos, com decréscimo de 12%. Já no acumulado do ano a retração chega a 11,9%, passando de 1.038.714 motocicletas, em 2014, para 914.752, em 2015.

As vendas no atacado – das montadoras para suas concessionárias – totalizaram 101.927 unidades em agosto, contra 93.654 em julho, o que equivale a um crescimento de 8,8%, e queda de 15,7% frente ao mesmo mês de 2014 (120.941). Em relação à comercialização interna dos oito primeiros meses de 2015 (854.674), a retração foi de 10,1%, quando comparado a 2014, com 950.684 unidades.

Com fabricantes concentradas no Amazonas, o Brasil é considerado o 6º maior produtor de motocicletas e o 4º maior fabricantes de bicicletas do mundo.

Fonte: Amazonas Atual

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