29/06/2017
Reportagem publicada no portal Amazonas Atual
Afetadas pela crise econômica, 50 indústrias fecharam as portas no Amazonas de 2014 para 2015, terceiro pior resultado da região Norte. O setor também registrou perda de -19,2% no número de empregos e de -7,9% na receita líquida nesse mesmo período. Os dados, divulgados nesta quarta-feira, 28, são da PIA (Pesquisa Anual da Indústria) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em que a indústria do Estado amargou retração em todos os indicadores.
O número de unidades locais industriais (endereços de atuação das empresas) no Amazonas sofreu queda de 4% em 2015 em relação ao ano anterior. Conforme a pesquisa, foi encerrado o funcionamento de 50 unidades industriais com cinco ou mais pessoas ocupadas. A queda foi de 1.249 para 1.199 em um ano.
O total de empregados teve redução de 19,2% em igual período. Foram 24.882 postos de trabalho a menos, saindo de 129.381, em 2014, para 104.499, em 2015. Outro indicador negativo foi o de volume de salários pagos, que chegou a -2,3%.
Com a diminuição da produção provocada pela crise, a receita líquida de vendas caiu 7,9%, o equivalente em termos absolutos a R$ 7,4 bilhões a menos no faturamento do segmento. Outras receitas da indústria como valor bruto da produção (-4,5%), custo das operações industriais (-7,9%) e valor da transformação industrial (-0,2%) também apresentaram retração, conforme a pesquisa do IBGE.
Na Região Norte, o total de unidades locais sofreu queda de 2,7% de 2014 para 2015. Dos sete Estados, cinco apresentaram diminuição no número de unidades. A maior queda foi registrada pelo Amapá (-8,3%), seguido pelo Pará (-4,6%), Amazonas (-4%), Rondônia (-3,1%) e Roraima (-2,8%). Acre (6,1%) e Tocantins (5,8%) foram os únicos que obtiveram aumento no total de unidades locais industriais.