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Crise anula as efetivações de temporários no Amazonas

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02/05/2016

Com o desemprego em alta, a indústria, o comércio e os serviços não efetivaram os trabalhadores temporários no primeiro trimestre do ano. A estimativa é que somente 250 vagas temporárias no comércio serão abertas para atender à demanda do Dia das Mães.

“Não ouvi falar de contratação de temporários, muito menos de efetivação. A realidade atual com esse cenário que estamos vivendo é de demissão”, disse o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco. Para o dirigente, na indústria, as contratações de temporários geralmente ocorrem no final do ano. “Mas isso não ocorreu ano passado, porque já estávamos em crise”, ressaltou.

De acordo com o diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), Sidney Silva de Oliveira, as contratações estão paradas. “Nesse momento, as empresas estão demitindo. Ano passado, a indústria já estava em crise, já havia uma redução das contratações de temporários em torno de 40% a 50%”, disse, ressaltando que a mão de obra temporária é necessária quando há uma demanda maior de produção. Segundo Sidney, antes da crise, em média, 20% dos temporários eram efetivados.

Segundo últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Amazonas fechou 11,2 mil postos de trabalho, enquanto que nos últimos 12 meses, até março, o decréscimo é de 44,2 mil vagas.

No terceiro mês do ano, foram perdidos 3,5 mil postos de trabalho, resultado de 13,5 mil demissões contra 10 mil contratações. O desempenho da indústria puxou o resultado para baixo com o encerramento de 1,8 mil vagas, o dobro do segundo colocado, serviços que encerrou 939 postos.

O comércio também encerrou vagas, em março, com 713 postos de emprego a menos.
De acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag, com um faturamento negativo em torno de 2,5% nesse primeiro trimestre comparado com o ano passado, o setor reduziu os empregados. “Além de não contratarmos, houve uma diminuição no quadro de funcionários das lojas em 3,3 mil pessoas”, disse.

Segundo o dirigente, o comércio só contrata temporários para atender as datas de grande venda, como o Dia das Mães, Dia das Crianças, entre outros. O número estimado de temporários é 41,6% menor quando comparado com igual período do ano passado.

Para a presidente da Associação Brasileira de Restaurantes e Hotelaria do Amazonas (Abrasel-AM), Lilian Guedes, as contratações de temporários não ocorreram no primeiro trimestre, tampouco para atender o Dia das Mães. “Nós estamos é demitindo, como vamos contratar temporários?”, questionou. Segundo a presidente, dos 300 associados, 99% afirmaram que houve queda no faturamento em torno de 20%, nesse primeiro trimestre deste ano. “Por isso, que houve uma média de 14% nas demissões comparado com mesmo período do ano passado”, ressaltou.

Preparo para entrevista é um diferencial

O diretor da Região Norte da Associação Brasileira de Recursos (ABRH), Roberto Chagas, disse que a grande dica para esse momento, onde o desemprego está alto, é se preparar para o dia da entrevista. “O candidato tem que conhecer a empresa. O que ela faz, meta, como está no mercado”, disse.

De acordo com o especialista, devido a esse momento de crise, existem muitas pessoas procurando emprego de maneira desesperada. “O desespero impede de você conseguir um emprego. Na hora da entrevista, se não tiver um preparo, o candidato vai se enrolar”, disse. Segundo Chagas, com a alta oferta de candidatos à vaga de emprego, o recrutador está bem mais exigente. “O candidato tem que ter uma linguagem próxima da empresa e tem que vir para trazer solução, como deve ocupar o espaço”, disse.

Outro ponto que o recrutador recomenda, é fazer um currículo personalizado para determinado local. “Não adianta fazer um currículo genérico e sair distribuindo em tudo que é lugar. Neste momento, sugiro fazer um currículo personalizado, voltado para cada lugar”, avaliou.

O especialista orienta que o currículo deve ser sucinto e breve. “Nada de currículo muito grande de duas e três folhas. Basta uma, lá você coloca os dados pessoais, a formação e, logo em seguida, o resumo de experiências”, disse. Os dados devem ser verídicos. “O selecionador é especialista em entrevistas. Sabe quando o candidato está mentindo”, disse, acrescentando que mesmo que o selecionador não perceba a mentira, durante o período da experiência, o candidato vai se mostrar incompetente para o cargo.

Fonte: Portal D24am.com

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