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Criador da Yellow investe em patinete

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23/07/2021

Por Daniela Braun

Em meados de setembro, o consumidor brasileiro terá a opção de adquirir patinetes elétricos fabricados na Zona Franca de Manaus para se locomover em grandes cidades. A ideia de incentivar a compra de patinetes como meio de transporte parte da startup Davinci Mobilidade, criada há um ano pelo empresário Eduardo Musa, ex-acionista e CEO da Caloi e fundador da Yellow, ao lado do publicitário e cicloativista James Scavone e do analista de sistemas e consultor de tecnologia João Ludgero.

“Todo mundo adorou os apps de patinetes”, diz Musa. O executivo criou o aplicativo de compartilhamento de bicicletas e patinetes Yellow em 2017 e ficou na empresa até 2018, pouco antes da fusão da com a mexicana Grin, que resultou na Grow. O modelo, no entanto, esbarrou no alto custo de aquisição e manutenção dos patinetes e piorou com a pandemia, levando a Grow a pedir recuperação judicial em julho do ano passado.

“Quando as empresas de compartilhamento desapareceram, as pessoas que queriam bicicletas sabiam onde comprar, mas o patinete foi uma inovação de uso como mobilidade urbana, só que o consumidor ficou sem referência”, afirma Musa.

Juntos, os sócios da Davinci desembolsaram R$ 10 milhões na produção local e no lançamento de dois modelos de patinetes, que começam a ser vendidos on-line em meados de setembro. Em três anos, o investimento previsto deve somar R$ 50 milhões e a expectativa é alcançar a capacidade plena de produção de 20 mil patinetes elétricos por mês.

Aproveitando a cadeia produtiva de bicicletas da Zona Franca, a Davinci trabalhará com 35% da produção dos patinetes nacionalizada, incluindo peças de plástico e conduítes de freio, e 65% de componentes importados da China. Uma das dificuldades de importação de patinetes pelo consumidor é a barreira para o transporte aéreo, por conta das baterias dos veículos, cujo transporte só pode ser feito de navio.

Pagamento em parcelas e ofertas de seguro contra roubo estão previstos para os modelos de patinetes chamados DV 1 e DV 2, que devem custar R$ 5,5 mil e R$ 7 mil, respectivamente. “Estamos falando de mobilidade urbana e não de brinquedo”, diz Musa, referindo-se ao valor dos produtos. A projeção da empresa é vender 100 mil patinetes por ano. “Estamos falando de um mercado potencial R$ 1 bilhão em cinco anos”, afirma.

Além do comércio eletrônico, a empresa contará com oficinas e showroom. O primeiro espaço será inaugurado no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo. “Teremos oficinas em todas as capitais com mais de 1 milhão de habitantes”, prevê o CEO.

O foco da Davinci está no mercado interno por enquanto, mas Musa diz que existe mercado potencial também em outros países da América Latina e nos Estados Unidos.

Fonte: Valor Econômico

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