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Criação de vagas em novos projetos industriais cai em Manaus

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16/12/2013

O número de empregos estimados em novos projetos para o Polo Industrial de Manaus (PIM) apresentados ao Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) caiu pela metade nos últimos cinco anos, de acordo com dados da autarquia. O número de projetos industriais de implantação e de investimentos também sofreram redução no período, de 7,63 e 5,75%, respectivamente.

Para o presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Marcus Evangelista, os números refletem o clima de insegurança do mercado, frente a falta de garantias quanto a prorrogação dos incentivos fiscais para a região.

De acordo com os dados da Suframa, de 2008 a 2012 o número de projetos de diversificação aprovados pelo conselho caiu 18,22%, passando de 203, em 2008, para 166, no ano passado.

O volume de projetos de implantação e o valor total de investimento seguiram a mesma linha. Em 2008, foram apreciados 109 projetos, em 2012 foram 102. Já o investimento passou de R$ 6.738 bilhões, para R$ 6.347 bilhões, em 2012.

Nas três situações houve uma oscilação em 2010, impactada, em parte, pelos resultados abaixo da média registrados em 2009, sob influencia da crise econômica mundial.

No caso da geração de emprego, no entanto, a redução foi praticamente contínua. Nos projetos apresentados em 2008, a mão de obra prevista somava 31.464 postos. No ano passado, este número ficou em 15.307 e a tendência é que este ano este número seja ainda menor. Até o mês passado, quando foi realizada a penúltima reunião do Codam, o número estimado de vagas era de 11.190.

Para Marcus Evangelista, o adiamento da votação da PEC 506/10, que prorroga os incentivos da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos, aliado à falta de políticas estruturantes e de infraestrutura, criaram um clima de insegurança no mercado.

“A partir de 1º de janeiro teremos apenas nove anos para o termino dos incentivos, e este é o principal e único motivo para que os empresários saiam de perto do polo consumidor, no Sul e Sudeste, e venham fazer seus investimos no PIM. Novas linhas de produção que poderiam ser instaladas ficarão em ‘stand by’, aguardando a projeção. O ambiente é muito negativo neste sentido, uma vez que fica a dúvida no ar”, afirma.

Evangelista observa, ainda, que nove anos é um período curto quando para investimentos.

Até novembro deste ano, foram aprovados 73 projetos de implantação, 149 projetos de diversificação e ampliação, que terão investimento total estimado em R$ 3,538 bilhões.

“Diante disso tudo, temos cada vez menos empresas e cada vez menos postos de trabalho sendo ofertados na nossa região”, completa o economista.

Nível de automação industrial diminui  postos no mercado

O nível de automação dos novos processos industriais deverá reduzir ainda mais o número de vagas ofertadas nos projetos industriais. A avaliação é do chefe da sessão de Relações de Trabalho, da Superintendência de Trabalho e Emprego do Amazonas (SRTE), Francisco das Chagas.

“Cada dia que passa as empresa procuram se municiar de outros recursos que lhe tragam redução de custos, essa é a lógica do capitalismo e, nesse sentido, a substituição de trabalhadores por robôs é uma realidade, observa o auditor fiscal do trabalho.

Para Chagas, o movimento de automação é difícil de ser contido, já que o processo elimina encargos trabalhistas e proporciona uma produção mais eficiente e uniforme.

Entretanto, apesar de haver uma perda em número de vagas, haverá uma mudança no perfil do emprego, que exigirá maior especialização, com a possibilidade de ganhos maiores.

“A substituição pela tecnologia vai demandar um profissional especializado para operar estas máquinas. É o momento de os jovens estudarem e se capacitarem para atender a este mercado. Até porque, é comprovado que quanto maior o tempo de estudo, maior é a renda”, disse.

De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2012, a média salarial dos trabalhadores com Ensino Superior completo é de R$ 4.315, enquanto a remuneração média de um trabalhador que tem até o quinto ano do Ensino Fundamental é de R$ 1.253.

Fonte: Portal D24am.com

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