CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas

Notícias

Cresce taxa de saída de empresas do mercado brasileiro em 2011

  1. Principal
  2. Notícias

23/08/2013

O ritmo de saída de empresas com funcionários do mercado cresceu entre 2010 e 2011. É o que mostrou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a pesquisa Demografia das Empresas 2011, feita com base nos dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre) do mesmo ano. O levantamento anunciado hoje visa apurar os movimentos de entrada e de saída das companhias do mercado, bem como seu nível de sobrevivência.

Segundo o instituto, em 2011, o Cempre apurou 4,5 milhões de empresas ativas, que empregavam 39,3 milhões de pessoas — sendo que, desse total, 32,7 milhões eram assalariados (ou 83,2% do total) e 6,6% eram sócios ou proprietários (16,8% do total). Nesse universo de companhias, 3,7 milhões, ou 80,8% do total, foram consideradas "sobreviventes" pelo instituto, ou seja, estavam na ativa no ano de referência da pesquisa e no ano anterior ao da análise; e o restante, 871,8 mil, ou 19,2%, estava entrando no mercado no ano de referência da pesquisa.

Em contrapartida, 864 mil empresas, ou 19% do total apurado pelo Cempre em 2011, estavam saindo do mercado.

A demografia de empresas apurada pelo instituto revelou maior detalhamento sobre o perfil das que estavam de saída. É preciso ressaltar que nem toda empresa constituída no país emprega funcionários. Ao se observar apenas empresas com pessoal assalariado, essas representavam 49,5% do total das companhias ativas naquele ano – o que, na prática, correspondeu a 2,2 milhões de empresas.

Nesse âmbito de companhias com empregados - cuja saída teria maior impacto na economia real, pois levaria a cortes de postos de trabalho -, 90,7 mil saíram do mercado em 2011, 13% acima do registrado em 2010. Isso fez com que a chamada taxa de saída de companhias, no mercado – taxa que mede o ritmo de retirada - subisse de 3,8% para 4% entre 2010 e 2011.

A perda dessas companhias no cenário empresarial de 2011 conduziu a uma retirada de 410,4 mil pessoas assalariadas do mercado de trabalho naquele ano — um aumento de 12,8% em relação ao decréscimo de empregados, provocado por saída de empresas, em 2010.

O IBGE apurou ainda que 216 mil novas empresas entraram no mercado naquele ano, volume 1,6% inferior ao de 2010. Com isso, a taxa de entrada de companhias, que mede a cadência das novas entrantes, recuou de 10% para 9,6% entre 2010 e 2011.

Mas o instituto ressaltou que, em termos de quantidade, desde 2008 o número de empresas que sai do mercado brasileiro é sempre inferior à quantidade de companhias que entram.

O IBGE informou também que, ainda dentro do universo de companhias com empregados, aumentou 6,2% o número de empresas sobreviventes entre 2010 e 2011, passando para 2,03 milhões no ano de referência da pesquisa. Isso conduziu a um leve aumento na taxa de sobrevivência de empresas no mercado brasileiro, de 90% para 90,4%, de 2010 para 2011.

Quanto maior a empresa, mais elevada é sua chance de sobreviver no mercado. Segundo o instituto, em 2011 existiam 2,2 milhões de empresas ativas com funcionários. Desse total, 1,7 milhão possuíam entre um e nove empregados e 447 mil tinham dez ou mais pessoas assalariadas. Enquanto a taxa de sobrevivência do primeiro grupo foi de 89% em 2011, a do segundo foi maior, e ficou em 96% no mesmo ano.

Nesse universo de companhias com funcionários, 51,5% eram de empresas com dez a 49 funcionários; 38,9% eram de companhias com 50 a 249 pessoas; e 2,9% tinham 250 ou mais trabalhadores.

Entre os 19 setores pesquisados pelo instituto, em 2011, construção apresentou a maior taxa de saída - ou seja, com maior ritmo de retirada do mercado -, com percentual de 5,8% em 2011. Em compensação, o segmento também mostrou a mais elevada taxa de entrada naquele ano (18,4%). Com um total de 100.426 em 2011, as empresas do setor de construção responderam por 4% do total de empresas sobreviventes; 8,6% das companhias entrantes; e 6,4% daquelas que saíram de mercado.

Mas o setor de construção não foi o segmento que respondeu pelo maior número de empresas que saíram ou que entraram no mercado em 2011. O comércio representou quase a metade do total de ativas com pessoal assalariado (49,9%, ou 1,1 milhão), naquele ano. Isso, na prática, fez com que o setor apresentasse os maiores números absolutos de companhias sobreviventes, entrantes e desistentes, com 1,01 milhão; 95,6 mil; e 45,1 mil, respectivamente, em cada uma dessas categorias.

Empresas de alto crescimento na economia


O ritmo de expansão de empresas de alto crescimento diminuiu entre 2010 e 2011. Isso, na prática, conduziu ao recuo na fatia de participação desse tipo de empresa no mercado, no mesmo período.

O IBGE considera empresas de alto crescimento as que têm crescimento médio anual de pessoal ocupado assalariado igual ou maior que 20%, por três anos – sendo consideradas apenas empresas com 10 ou mais pessoas empregadas no ano inicial de observação. Em 2011, existiam 34.528 nessa categoria, que empregavam 5 milhões de pessoas assalariadas e pagavam R$ 95,4 bilhões em salários e outras remunerações.

Em relação ao conjunto de empresas ativas no país naquele ano - 4,5 milhões segundo o Cempre -, as de alto crescimento eram 0,8% do total; empregando 13% do pessoal ocupado total e respondendo por 14,4% dos salários e outras remunerações de 2011.

O instituto considerou ainda que, apesar do número relativo pequeno, dentro do universo total de empresas no país em 2011, as companhias de alto crescimento foram responsáveis por absorção de 5 milhões de pessoas assalariadas – o que, na prática, representou 15,4% do total empregado por empresas ativas naquele ano. Mas o instituto admitiu que essa parcela de 2011 foi a menor em quatro anos, inferior às de 2008 (16,7%); 2009 (16,6%); e 2010 (16,2%) para o mesmo tópico.

Fonte: Valor Econômico

Coluna do CIEAM Ver todos

Estudos Ver todos os estudos

Diálogos Amazônicos Ver todos

CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas © 2023. CIEAM. Todos os direitos reservados.

Opera House