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Crédito soma R$ 850 milhões neste ano

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01/11/2013

O Basa (Banco da Amazônia), através do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte), já liberou R$ 850 milhões em 2013 no Amazonas. Segundo o Superintendente Regional do Basa, Donizete Borges de Campos, não há limite nos recursos disponibilizados, desde que apareçam projetos consistentes das empresas. A previsão é de que os valores ultrapassem a marca de R$ 1 bilhão até o fim do ano e sejam ainda maiores para 2014.

Donizete destaca que o valor é recorde no Estado. “É algo que nunca aconteceu no Estado do Amazonas. Ano passado foi menos de R$ 500 milhões. Iremos para mais de o dobro. A demanda de negócios para região é muito grande. Temos que atender os volumes da sociedade. No mínimo repetiremos o R$1 bilhão para 2014, mas por mim iremos para 2 bilhões”, destacou. O principal setor beneficiado foi o industrial, mas outros setores como o turismo e o pólo naval também receberam grandes investimentos. “Houve muita demanda no turismo com as construções de hotéis, em virtude da copa do mundo. Polo naval também demandou bem, só hoje foram liberados R$ 61 milhões para o Projeto Erin, no Rio Negro. Mas o principal responsável pela maioria dos recursos é mesmo o setor industrial”, explica.

Amazonense procura menos financiamento


Em almoço realizado na sede da CDLM (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus), Donizete Borges, destacou os benefícios do financiamento pelo FNO e convocou os empresários a utilizarem mais o financiamento quando necessário. O superientendente destacou que nos outros Estados atendidos pelo Basa os volumes liberados em financiamentos são muito maiores. “Por que o Basa não tem expressão no Amazonas? Nos outros Estados temos valores expressivos, por que no Amazonas a máquina não roda? Estamos tentando mudar isso e ajudar a desenvolver a região”, questiona.

O dinheiro do fundo está disponível para qualquer tipo de negócio. Donizete cita a demanda dos profissionais liberais, como médicos e advogados para ilustrar a baixa procura do amazonense. “Nos outros Estados recebo várias requisições desses empresários durante um mês. Aqui no Amazonas, até agora não vi um”. O superintendente já trabalhou em vários Estados do Norte e hoje é responsável pelos stados do Amazonas e Roraima.

O presidente da CDLM, Ralph Assayag, lembrou as desavenças da instituição com a antiga administração e a alta burocracia para justificar os poucos pedidos de financiamentos no Estado. Ralph destacou que as taxas cobradas pelo Basa são as menores, mas a burocracia sempre emperrou as liberações. Nosso sofrimento é de muitos anos, tivemos um trabalho muito grande com a antiga administração do Basa que não trabalhou da maneira correta. O número de documentação era tão grande que não conseguíamos viabilizar esse financiamento. Ele veio aqui e fez promessas, se isso acontecer será muito bom para os micros, pequenos e médios”, comenta.

Assayag também ressalta que o grande número de investimentos não foi tão sentido pelo comércio e economia por que ficou focado em poucas empresas de grande poder econômico. “O comércio não sentiu esses investimentos por que ainda é um pingo no oceano. Se a gente for verificar, esse valor foi dividido entre 10, vamos supor, e isso não traz resultado. É preciso pulverizar. O bom é que todos os micros pudessem pegar R$ 500 mil e ter 100, 200 empresas pegando. Ao sim íamos sentir. Isso acontecendo, teremos aí, com certeza, mais de dois mil empregos. É com isso que temos que trabalhar”. Ralph também destacou que há uma expectativa e irá realizar testes para verificar se o financiamento está realmente ocorrendo de forma mais efetiva.

FNO


Criado pela Constituição em 1988, os recursos do fundo são provenientes de 0,6% da arrecadação do IR (Imposto de Renda) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e é a principal fonte de recursos financeiros estáveis para crédito de fomento, dirigido para atender às atividades produtivas de baixo impacto ambiental, cuja macrodiretriz é o desenvolvimento sustentável da região Norte.

Juros


Os juros são de 4,12% ao ano, tendo 15% de redução para empresários que não deixarem a conta atrasar. Resultando em um juros de 3,5% ao ano. Esses valores valem até o dia 31/12. Após, haverá reuniões para se discutir o novo valor. “Acredito que será prorrogado até o meio do ano que vem”, destacou Donizete Borges.

Valor financiado


Para micro e pequenas empresas o banco financia 100% do valor, para médios o banco financia 90% do investimento e para as grandes empresas 70%. Segundo Donizete não há nenhuma exigência quanto ao período de existência da empresa, apenas se for para financiamento de imóveis, que é necessário ter pelo menos 2 anos de existência.

Carência e garantias


A carência é de até 4 anos. Em um prazo máximo de 12 anos. A garantia dada para micro e pequenas empresas tem de ser de 50% do total e para as grandes e médias de 100% do valor. Donizete afirma que o problema do banco é apenas em aceitar imóveis residênciais como garantia. “É para evitar litígio. Não é lei, mas não é recomendado, o banco tende em não aceitar. Única exceção.” Afirma.

Fonte: JCAM

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