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Covid 19 para linhas no PIM

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06/03/2020

Fonte: Jornal do Commercio

Marco Dassori

A escassez de componentes importados, em decorrência do surto de Covid 19, já está deixando o PIM desabastecido e comprometendo a atividade nas linhas de produção de televisores, condicionadores de ar e fornos de micro-ondas. Pelo menos quatro fábricas que produzem esses itens já estão parcialmente paradas, em decorrência dos efeitos do novo coronavírus na cadeia global de suprimentos fabris.

Na reta final de fevereiro, algumas empresas da indústria incentivada de Manaus já ensaiavam parar, conforme antecipado por matéria publicada pelo Jornal do Commercio. A essa altura, os efeitos da interrupção das atividades de fornecedores de componentes na China e do estrangulamento logístico em decorrência do Covid 19 já estavam atingindo as fábricas do Centro-Sul do Brasil, que trabalham com logística mais folgada e estoques menores.

Outros produtos e segmentos já vinham sendo impactados pelo surto do novo coronavírus na China. De acordo com matéria postada pelos sites tecmundo e portalúnico, dois fabricantes multinacionais de celulares já interromperam a produção em suas fábricas do PIM. Um deles teria mandado 2.500 funcionários para casa desde quarta (12). Outro, teria optado por dar férias coletivas a seus colaboradores por dez dias, a partir da próxima segunda (17).

Matéria publicada pelo Em Tempo de ontem assinalava, com base em informações concedidas pelo Sindplast (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Plástico), que pelo menos três indústrias do polo termoplástico estavam em vias de fazer o mesmo e conceder férias coletivas a seus trabalhadores.

Dia das Mães Condicionadores de ar e televisores estão entre os principais produtos do portfólio eletroeletrônico do PIM. Fornos de micro-ondas e celulares vinham alcançando números positivos também, motivando a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) a projetar um incremento de 5% nas vendas de eletroeletrônicos no Dia das Mães, a segunda data mais forte para o comércio.

Os dados mais recentes da Suframa informam que o PIM fabricou 3,75 milhões de unidades de condicionadores de ar de modelo split entre janeiro e outubro de 2019, 49,10% a mais do que no mesmo intervalo do ano anterior. Carro chefe do segmento, as TVs com tela cresceram 6,84% em produção (mais de 10,98 milhões).

Fornos

“É difícil quantificar, porque temos linhas que devem parar 13 dias e outras podem fazer isso por um mês. É importante dizer que as fábricas continuam operando em outras linhas de produção. Se vão fazer remanejamento de pessoal ou não, vai depender muito da condição de cada uma de arcar com os custos financeiros. Mas, dar férias não é tão fácil assim e depende de regras”, ponderou. No entendimento do dirigente, embora a situação seja preocupante, ainda não é possível saber qual será a extensão dos efeitos do novo coronavírus no Polo Industrial de Manaus.

Caso a situação na China retome a normalidade no curto prazo, o impacto do hiato no fornecimento de insumos na produção deve depender da capacidade de recuperação de cada empresa, mas Celso Piacentini avalia que a maioria dos fabricantes do PIM deve conseguir minimizar as perdas.

Empresas estocadas

Procurado pelo Jornal do Commercio, o presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento, destacou que uma consulta a seus 19 associados no PIM, realizada nesta quinta (5), apontou que, embora ainda aguardem suprimentos em atraso, as empresas têm estoque de insumos para 30 a 40 dias de trabalho e o atendimento ao comércio para o Dia das Mães não deve ser prejudicado.

“A produção de condicionadores de ar, fornos de micro -ondas e televisores para o Dia das Mães está sendo realizada e deve ser entregue até meados de abril. O problema está nos telefones celulares, cuja produção foi interrompida em São Paulo. Mas, não temos notícias de que isso tenha acontecido com nossos associados em Manaus”, amenizou. Sem retorno O Simplast (Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Manaus), por sua vez, não confirma a informação concedida pelo sindicato laboral de que haveriam três fábricas do segmento com sua produção interrompida.

O presidente do Simplast, Cláudio Barrella, salientou ao Jornal do Commercio que também consultou os associados e que a entidade não tem informações que confirmem essa afirmação. “Mandamos uma comunicação, pedindo que as empresas se manifestasse, mas ainda estamos tendo alguma dificuldade no retorno. A única fábrica que efetivamente nos respondeu, disse que tinha estoque até o final do semestre. Certamente teremos problemas em algum momento, mas só devemos ter mais informações dos reais impactos dessa situação no fim do mês”, encerrou. Carlos Almeida explica que a estratégia é mostrar que a indústria da ZFM não onera o país de micro-ondas (3,1 milhões e +15,16%) e celulares (12,54 milhões e +2,58%) também subiram

A Suframa não informa o contingente por linha de produção. Sabe-se, no entanto, que o polo eletroeletrônico do PIM –incluindo o braço industrial de bens de informática –empregava 41.167 trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados, no acumulado até outubro de 2018. No mesmo período, o polo termoplástico operava com 9.388 pessoas em suas linhas de produção.

Remanejamento ou férias

O vice-presidente do Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus), Celso Piacentini, ressaltou ao Jornal do Commercio que apenas quatro entre 89 fábricas associadas à entidade relataram a falta de insumos e esclareceu que as empresas em questão não pararam suas atividades por completo.

“É difícil quantificar, porque temos linhas que devem parar 13 dias e outras podem fazer isso por um mês. É importante dizer que as fábricas continuam operando em outras linhas de produção. Se vão fazer remanejamento de pessoal ou não, vai depender muito da condição de cada uma de arcar com os custos financeiros. Mas, dar férias não é tão fácil assim e depende de regras”, ponderou.

No entendimento do dirigente, embora a situação seja preocupante, ainda não é possível saber qual será a extensão dos efeitos do novo coronavírus no Polo Industrial de Manaus. Caso a situação na China retome a normalidade no curto prazo, o impacto do hiato no fornecimento de insumos na produção deve depender da capacidade de recuperação de cada empresa, mas Celso Piacentini avalia que a maioria dos fabricantes do PIM deve conseguir minimizar as perdas.

Empresas estocadas Procurado pelo Jornal do Commercio, o presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento, destacou que uma consulta a seus 19 associados no PIM, realizada nesta quinta (5), apontou que, embora ainda aguardem suprimentos em atraso, as empresas têm estoque de insumos para 30 a 40 dias de trabalho e o atendimento ao comércio.

“A produção de condicionadores de ar, fornos de micro -ondas e televisores para o Dia das Mães está sendo realizada e deve ser entregue até meados de abril. O problema está nos telefones celulares, cuja produção foi interrompida em São Paulo. Mas, não temos notícias de que isso tenha acontecido com nossos associados em Manaus”, amenizou.

Sem retorno

O Simplast (Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Manaus), por sua vez, não confirma a informação concedida pelo sindicato laboral de que haveriam três fábricas do segmento com sua produção interrompida. O presidente do Simplast, Cláudio Barrella, salientou ao Jornal do Commercio que também consultou os associados e que a entidade não tem informações que confirmem essa afirmação.

“Mandamos uma comunicação, pedindo que as empresas se manifestasse, mas ainda estamos tendo alguma dificuldade no retorno. A única fábrica que efetivamente nos respondeu, disse que tinha estoque até o final do semestre. Certamente teremos problemas em algum momento, mas só devemos ter mais informações dos reais impactos dessa situação no fim do mês”, encerrou.

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