17/03/2014
"Se somar carnaval, Páscoa, paradas da Copa e eleições, a indústria vai trabalhar muito menos, o que vai reduzir a produção e afetar financeiramente o setor", diz o presidente do Simpi, Joseph Couri. Segundo ele, por outro lado as despesas continuarão pesando todos os meses nas contas, como aluguel, salários, etc. "Isso afeta o faturamento, pois não conseguiremos compensar com produtividade o aumento dos custos da indústria", explica.
Os pequenos e médios empresários vêm buscando alternativas para baixar os custos e 2014 será o grande desafio de todos. "Mas custo alto e produção baixa não dá para equacionar bem a situação, até porque não conseguiremos repassar para o preço dos produtos todos os aumentos", diz o presidente do Simpi.
Exatamente por isso, os empresários já começam a rever seus planos e segurar os investimentos neste ano. "Com aumento dos juros, da inflação nem mesmo a alta do dólar vai ajudar a compensar a queda da produção", diz o Couri, preocupado com a situação.
Na última semana, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que os custos industriais no Brasil cresceram em ritmo menor em 2013, por conta da redução das tarifas de energia elétrica.
Mesmo assim, o Indicador de Custos Industriais aumentou 4,1% no ano passado, abaixo da elevação dos preços dos produtos industriais. Essa diferença indica recuperação de parte da margem de lucro perdida em 2011 e 2012.
Fonte: DCI