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Copa deixou grande estoque de TV

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19/08/2014

A indústria de eletroeletrônicos do PIM (Polo Industrial de Manaus) espera as festas do final de ano para negociar os estoques de televisores produzidos para atender a demanda da Copa do Mundo, mas que não se concretizou. Avaliação empresarial apontam que após a realização da Copa, o brasileiro ficou desanimado, sentimento que deve melhorar nas proximidades da realização dos jogos olímpicos de 2016.

Por isso, mesmo o segmento eletroeletrônico, excluindo bens de informática, apresentando aumento de mais de 18,8% no faturamento no primeiro semestre, com relação ao mesmo período de 2013, segundo os Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus, da Suframa, o bom resultado não anima representantes industriais por conta do alto número de produtos acabados mantidos em estoque após o período da Copa do Mundo. A expectativa, segundo os dirigentes, é de vender os aparelhos até o final do ano.

Os indicadores apontam que no primeiro semestre de 2014 o setor eletroeletrônico faturou R$14.683 bilhões, com crescimento de 18,8%. No mesmo período do ano passado o setor obteve o resultado de R$12.359 bilhões. No setor de informática as vendas deste ano foram de R$ 6.506 bilhões. Enquanto em 2013 esse número chegou a R$ 5.557 bilhões. O crescimento foi de 17,08%.

Segundo o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, o crescimento apresentado no relatório é reflexo das vendas feitas no período da Copa do Mundo. Mas ele ressalta que apesar de o resultado ser positivo as expectativas não foram correspondidas. “Esperávamos melhores resultados. Em reuniões com os demais representantes industriais a informação é unânime: que há um alto número de produtos acabados em estoque, principalmente de televisores”, informou. Ele não soube informar a quantidade de produtos retidos.

De acordo com o vice-presidente, as indústrias não têm previsão para aumentar a produção para o final do ano. Os fabricantes esperam escoar os estoques. “Dependendo da situação pode haver uma reprogramação a partir do último trimestre. Caso esses aparelhos não sejam vendidos a produção deverá ser mantida”.

Azevedo disse que após a realização dos jogos o brasileiro ficou desanimado, sentimento que, de acordo com ele, deve melhorar nas proximidades da realização dos jogos olímpicos que vão ocorrer em 2016. “Em meados de 2015 pode haver um crescimento nas vendas e a consequente melhora no segmento eletroeletrônico”, avaliou.

Após a publicação da lei 13.023/14, que prorroga os benefícios da Lei da Informática (8.248/91) como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), Azevedo acredita que o segmento terá bons resultados. “Acredito no aumento da produção e do escoamento dos materiais devido o acordo da redução da alíquota interestadual. Isso resulta em bom nível competitivo e com certeza em uma boa performance do setor”.

Exportação

De acordo com o gerente executivo do CIN (Centro Internacional de Negócios) –departamento da Fieam –José Marcelo Lima, diferente dos anos anteriores o setor eletroeletrônico não apresentou aumento nas exportações no primeiro semestre. Ele acredita que esse número pode aumentar a partir do mês de setembro em decorrência das produções para o final de ano. “Não houve um aumento que nos chamasse a atenção. Isso poderá acontecer a partir do próximo mês para atender as demandas do natal. Não acredito que as exportações cresçam no mesmo índice dos anos anteriores, mas elas devem permanecer no mesmo nível de 2013”, afirmou.

Lima atribui a “estagnação” da exportação dos eletroeletrônicos a dois fatores: à absorção da produção pelo mercado interno; e à manutenção do nível de exportação no mesmo patamar de 2013, que deve beirar em torno de US$ 2 bilhões.
O gerente ainda disse que a partir da prorrogação dos benefícios tributários da Zona Franca de Manaus será possível aguardar maiores investimentos ao setor industrial. “Com essa prorrogação o empresário terá mais tempo para fazer seus investimentos, que por sua vez, obedecem um nível de retorno. Estamos trabalhando na Federação para atrair os investimentos como um suporte a quem deseja se instalar na ZFM”, adiantou.

Sobre o setor de informática, Lima também acredita em um aquecimento do segmento como resultado da aprovação da nova legislação relacionada à informática. “Tínhamos um problema de competitividade pela diferenciação na cobrança do ICMS. Com a padronização, o produto se torna mais competitivo e vantajoso”.

Fonte: JCAM

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