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Copa aquece a produção de TV na Zona Franca de Manaus

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20/02/2014

A Copa do Mundo de Futebol no Brasil já começa a acelerar a produção de televisores na região da Zona Franca de Manaus, local que abriga os maiores fabricantes de linha marrom do País, como a LG Electronics, Panasonic, Sony, Semp Toshiba, Samsung, entre outras. Estima-se que em 2014, em decorrência da realização do Mundial, a produção deste item crescerá em torno de 5% no Polo Industrial de Manaus (PIM), de acordo com projeções feitas pelo presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco.

A Semp Toshiba, por exemplo, já ampliou em 10% o seu nível de atividade para o primeiro trimestre de 2014. "Decidimos elevar a produção de televisores em Manaus com o objetivo de atender o aumento da demanda para a Copa do Mundo", explicou ao DCI o gerente de marketing da Semp Toshiba, Fernando Asdourian.

Segundo o executivo, a alta começou no mês de janeiro e deve seguir em um ritmo de crescimento ao longo dos próximos meses, intensificando-se durante os meses de março e de abril.

"O ritmo atual de produção traduz a sazonalidade típica de um ano de Copa, com um primeiro trimestre bastante ativo", afirma Asdourian. Neste período, a produção da empresa deve ficar 10% acima do índice registrado em 2012. Apesar da ampliação, a marca não precisou aumentar os turnos de trabalho para viabilizar essa expansão, diz Asdourian. Mas a mão de obra deve crescer. "Ainda não foram contratados novos funcionários, mas a partir de março teremos contratações."

De acordo com o presidente da Cieam, a maioria dos fabricantes de TV do PIM está trabalhando em um ritmo similar ao do final do quarto trimestre, "geralmente, o mais aquecido do ano". Sobre a contratação de funcionários, Périco afirma que existe a expectativa de efetivação ou renovação dos contratos de temporários. "As empresas não reduziram o ritmo de 2013, o que nos leva a crer que o primeiro semestre será melhor do que o ano passado", diz Périco.

De acordo com ele, a alta da produção no início de ano não garante resultados melhores no fechamento de 2014. "O crescimento no primeiro semestre deve ser compensado por uma atividade um pouco menor no final de 2014", ressalta o executivo.

O vice-presidente de marketing da Samsung para a América Latina, André Felippa, disse em recente entrevista ao DCI que eventos como a Copa do Mundo são capazes de elevar a venda de televisores no País e que neste ano 60% delas se concentrariam no primeiro semestre. O executivo falou também sobre o receio do "dia seguinte".

"Se todo mundo trocar de televisão na primeira metade do ano, os meses posteriores à Copa irão sofrer com o efeito ressaca", disse. Apesar da preocupação, a marca segue otimista com os benefícios que a Copa do Mundo trará para a categoria de televisores.

Ja a LG também está animada com o evento. Durante evento recente, a gerente de marketing de Home Entertainment da LG do Brasil, Fernanda Summa, disse ao DCI que o faturamento da divisão de televisores podia crescer até 17% em 2014. De acordo com ela, outros fatores ajudariam a fomentar o crescimento das vendas no primeiro semestre de 2014, como os saldões de janeiro, realizados pelo varejo, e o Dia das Mães, "quando deve ocorrer um boom".

Outra concorrente de peso, a Sony reforçou as boas expectativas em relação à Copa. Patrocinadora oficial da Fifa, a japonesa anunciou no ano passado que iria investir R$ 500 milhões no Brasil até o ano fiscal de 2014 para uma série de ações, incluindo melhorias na fábrica de Manaus, além das áreas de infraestrutura, logística e marketing. Segundo o Cieam, a produção de televisores em 2013 repetiu o desempenho do ano anterior, somando cerca de 14 milhões de aparelhos fabricados. Os dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), apontam alta de 2,23% em 2013 na produção de TV's com tela LCD ante o mesmo período de 2012, somando 12,4 milhões de unidades. Já as TV's com tela de plasma cresceram 117,20%, para 957 mil unidades.

STF

Em decisão unânime ontem, o Supremo Tribunal Federal confirmou medida cautelar, declarando inconstitucionais os convênios dos estados que limitavam as isenções concedidas a produtos industrializados ou comercializados na Zona Franca de Manaus. Tais medidas estavam previstas nos Convênios Confaz 1, 2 e 6 de 1990. Segundo o tributarista Guilherme Henrique Guimarães Oliveira, da Advocacia Lunardelli, "a decisão confirma o alcance do artigo que criou o regime da ZFM". O entendimento da relatora, ministra Carmen Lúcia foi no sentido de que o regime constitucional pós-88 não autorizou os estados a celebrarem, mediante convênio, alterações ao regime tributário da Zona Franca.

Fonte: DCI

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