27/04/2015
De acordo com o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, as empresas estão enfrentando dificuldades e os resultados mostram a queda na atividade. "Todos os índices de faturamento e de emprego estão menores quando comparados com o mesmo período do ano passado. O faturamento desse ano foi quase 15% menor quando comparado ao mesmo período de 2014. O nível de emprego também", disse. "Acredito que não haverá perspectivas de contratações, mas sim de ajustamento", disse.
De acordo com o vice-presidente da Fieam, todas as empresas, as montadoras estão reduzindo despesas para se adequar e continuar sobrevivendo nesse mercado até passar essa crise. "Há sim muita expectativa de incerteza, insegurança na sociedade como um todo. O ano de 2014 já não foi tão bom para economia local e, este ano, está pior ainda", disse.
O diretor-executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal) Sidney de Oliveira também afirmou que não há perspectivas de contratações para o segundo semestre. "Acredito que as demissões que tinham que acontecer já ocorreram, e no segundo semestre, a indústria só vai manter quem já está empregado", disse.
Para o sindicalista, a redução do crédito bancário vêm dificultando o Polo de Duas Rodas, o segundo maior do PIM. "Os bancos não estão contribuindo, não aprovam os créditos para quem quer adquirir seu veículo", disse.
Em relação ao reajuste salarial da categoria, o diretor-executivo afirmou que a campanha salarial ainda vai começar. "Ainda vamos ter as campanhas de lutas para definir o nosso reajuste", disse.
Redução
No primeiro trimestre do ano, a indústria foi responsável por três em cada dez empregos fechados no Amazonas.
De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na última quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foram 1,98 mil cortes de vagas do setor, ou 35% das 5,68 mil de todas as atividades, ou o saldo entre as 13,2 mil contratações em relação as 15,2 mil demissões. Só em março, a indústria contribuiu com 1,3 mil dos 1,6 mil empregos fechados no Amazonas.
Apesar do segmento plástico ter demitido 2 mil trabalhadores de janeiro até a primeira quinzena deste mês, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Plástico (Sindplast), Francisco Brito, é otimista em relação ao segundo semestre. "Acredito que as coisas vão melhorar na segunda quinzena de junho deste ano. Isso porque as empresas devem começar a produzir por causa do esvaziamento do estoque. E as pessoas vão ter que consumir, comprar televisão, celulares etc", disse, afirmando que 70% dos empresários deste setor são otimistas.
O presidente afirmou, ainda, que não houve contratações nesse trimestre, mas sim demissões. "Em todo o ano de 2014, foram 2,7 mil demissões, mas teve 2,5 mil contratações. Este ano, só tivemos demissões devido à crise. Mas acredito que vai melhorar, porque as demissões aconteceram mais no primeiro trimestre. Agora em abril já diminuíram", disse.
Fonte: Portal D24am.com