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Contratações continuarão afetadas

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16/02/2021

Fonte: Jornal do Commercio

Andréia Leite

O reflexo de um ano difícil para vários segmentos, por conta da pandemia, fez o mercado de trabalho passar por constantes oscilações. Por conta disso, o cenário de empregos deve mudar. Com o período de diminuição proporcional de casos de Covid-19, boa parte da população relaxou nas medidas preventivas e as infecções voltaram a subir. Nesse período de diminuição proporcional, muitas empresas voltaram a contratar em regime temporário, com a expectativa de que já estaríamos saindo do caos do vírus.

O prognóstico é do consultor de carreira, negócios e emprego, Flávio Guimarães que traz uma análise do mercado em 2020 e como deve se comportar ao longo de 2021.

Antes do período da pandemia, mais especificamente até dezembro de 2019, o crescimento de contratações vinha de 58% a 82% mês por mês. Com a subida de casos no final de ano, seguido em janeiro devido às muitas aglomerações de festas de Natal e fim de ano, novas demissões voltaram a ocorrer. Em percentual, a alta de contratações temporárias foi entre 28% a 32%. Na subida de casos e novas demissões, a média percentual foi de 40% a 56%. A alta proporcional de percentual de demissões ocorreu porque muitas empresas não conseguiram sobreviver à segunda onda de infecções e novas medidas de fechamentos.

Conjunturas

São dois cenários avaliados pelo especialista. O primeiro é no horizonte de continuidade nos próximos três meses com o aumento no número de casos da Co-vid-19. O nível de novas demissões pode chegar a marca de 61%. A exemplo ele cita que de 10 profissionais que estão atuando no mercado, ao menos 6 seguem o risco de serem desligados. Outra consequência disso que acaba gerando o desemprego é a baixa do nível de produção industrial. Outro ponto de destaque é o comércio em baixa. "A tendência menor de vendas no varejo leva a queda no poder de consumo. A indústria para, e em consequência, os serviços também".

Com a vacinação em massa, dentro de um cenário de otimismo, novas gerações de vagas devem surgir nos próximos três meses de 2021. A propensão de aumento de novas contratações vagas chega a 85,7% nos ramos convencionais como operador e auxiliar de produção, administrativo, vendedor. Há também a probabilidade de crescimento médio de 35.8% em contratações ligadas à inovação e as contratações para atuações remotas. "Há algumas demandas inéditas para contratações remotas de Estado para Estado.

Exemplo: uma empresa de Minas Gerais contrata alguém do Amazonas para que essa pessoa trabalhe sem precisar mudar de cidade, ou seja, a distância mesmo. Esse impulso tende a continuar ocorrendo, principalmente, em cargos de tecnologia". A última observação do consultor é a contratação gradual para o terceiro setor que inclui os institutos, ONGs, fundações e organizações sem fundos lucrativos.

De acordo com o consultor, as novas demandas de contratações e negócios são a migração de muitas operações para o polo digital. Isso vai abrir muitas demandas de desenvolvedores de softwares, desenvolvedores de websites, gestores de mídias digitais/redes sociais e automação industrial -máquinas, equipamentos e dispositivos eletrônicos. "Além dessas novas demandas, teremos todas as popularmente convencionais, como produção, vendedores, logística e outras similares".

"A expectativa de retomada vai depender das imunizações. Quanto mais rápido vacinamos a população, mais teremos confiança do mercado na volta do consumo em níveis pré-pandemia, além da volta proporcional de circulação de pessoas".

Para o especialista, as políticas que têm sido adotadas devem frear o mercado, o que deve ocorrer pelo menos até final de 2021. "Muitas destas na modalidade temporária, justamente pela desconfiança de novas ondas de infecções. A maioria está efetivando contratações de 2 a 3 meses, para assim poderem medir se o vírus trará mais prejuízos para a economia ou não".

Sobre o nível de ocupação anterior ele vislumbra uma retomada. "A tendência é que voltemos ao ritmo de crescimento de vagas, por média, de mais de um milhão em todo o país".

Antes do período da pandemia, o crescimento de contratações vinha de 58% a 82% mês por mês

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