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Confederação Nacional da Indústria estima alta de 4% do PIB em 2021

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17/12/2020

Fonte: G1

Por Laís Lis

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima uma alta de 4% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país. A previsão da CNI para o PIB da indústria no próximo ano é de um crescimento de 4,4%.

As projeções da organização indicam que a economia brasileira terminará 2020 com uma retração de 4,3%, e o PIB da indústria, com uma redução e 3,5%.

A previsões foram divulgadas nesta quarta-feira (16). No documento, a CNI destaca que parte significativa do crescimento do PIB em 2021 é explicada pela base de comparação, o chamado carregamento estatístico.

“Há espaço para crescer mais”, afirmou o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Segundo a organização, como a recuperação de 2020 foi rápida, o ano terminará com um volume de produção acima da média de 2020. “Desse modo, mesmo se a economia parar de crescer a partir de janeiro de 2021, na comparação com 2020, o PIB do ano seria cerca de 3% maior”, avaliou a CNI.

Projeções da CNI para 2021

  • PIB: alta de 4%
  • PIB industrial: alta de 4,4%
  • Taxa de desemprego: 14,6% da população economicamente ativa
  • Inflação: 3,55%
  • Câmbio: R$ 4,85 (média do ano) e R$ 4,40 (dezembro)
  • Saldo da balança comercial: superávit de US$ 49,4 bilhões.

Vacinação

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmou que a indústria está estudando uma negociação com o Ministério da Saúde para adquirir vacinas contra a Covid-19 e imunizar, por conta própria, os trabalhadores do setor.

"Esperamos que possamos negociar com o Ministério da Saúde condições e a possibilidade de vacinarmos os trabalhadores mais jovens da indústria” disse.

Andrade afirmou que a indústria não tem uma posição sobre a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19, mas defende a vacinação em massa para que seja possível voltar à normalidade.

“Defendemos uma vacinação em massa para que possa voltar ao trabalho, para que se possa voltar as atividades de lazer e que o ambiente seja mais seguro para todos [...] É importante para a indústria, para a sociedade, para a população e para os negócios”, afirmou.

Comércio exterior

Durante a coletiva nesta quarta, o presidente da CNI enfatizou a importância de o Brasil negociar acordos comerciais com outros países. Segundo Andrade, a pandemia mostrou que o Brasil não pode ficar dependente de apenas um país como fornecedor de matéria-prima, nem dependente de um país para exportar os produtos.

Sobre as eleições nos Estados Unidos e a confirmação da vitória de Joe Biden, Andrade afirmou que acredita que os acordos comerciais em negociação com os EUA não serão afetados.

Não acredito que haja alguma mudança no desenvolvimento dos acordos que temos mantido com os Estados Unidos”, disse.

O presidente Jair Bolsonaro foi um dos últimos chefes de Estado a cumprimentar Biden pela vitória. A mensagem do presidente brasileiro foi enviada apenas nesta terça-feira (15) com a confirmação da vitória pelo Colégio Eleitoral americano, um mês após o anúncio da vitória de Biden.

Robson Braga de Andrade destacou ainda que a CNI acredita no avanço do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Segundo ele, o Ministério das Relações Exteriores tem discutido outros acordos internacionais e citou as negociações com a Ásia e com os Estados Unidos.

O presidente da CNI, afirmou ainda que a vacinação em massa a partir do próximo ano dará um ímpeto para o avanço de acordos comerciais.

“Tenho uma perspectiva de que vamos avançar. Mas para que o Brasil esteja em condições de competir em todos os setores é preciso fazer o dever de casa do ajuste fiscal, da reforma administrativa, da reforma tributária, da manutenção do teto de gastos. Nossa agenda é complexa, mas é possível”, disse.

Desemprego

A CNI estima que a taxa de desemprego média no país em 2021 seja de 14,6%, maior que a estimada para 2020.

Segundo a confederação, a retomada da atividade econômica e o fim do auxílio emergencial de renda farão com que parte dos desalentados – pessoas que desistiram de procurar emprego em 2020 e saíram da estatística – volte a buscar trabalho formal, o que pressionará a taxa de desocupação em 2021.

O presidente da CNI afirmou que o país não tem condições de manter, em 2021, o pagamento de um auxílio emergencial de R$ 600 e defendeu que medidas que podem ser tomadas para incentivar a geração de emprego, o aumento de investimentos e a aprovação das reformas podem ser mais importantes para a população, mesmo a médio prazo, do que a manutenção do auxílio emergencial.


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