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Comércio e indústria de Manaus já sentem efeitos da escalada do dólar

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13/02/2015

A indústria e o comércio amazonense já começaram a sentir os efeitos da escalada do dólar que, fechou em R$ 2,82, nesta quinta (12).

A preocupação dos representantes dos setores está essencialmente sobre o encarecimento dos insumos importados, que elevarão os custos de produção do Polo Industrial de Manaus (PIM) e a perda da competitividade.

No comércio varejista, a previsão é que nos próximos 20 ou 30 dias os preços dos produtos deverão ser ajustados de acordo com a elevação da moeda norte-americana.

Por se tratar de um setor muito dependente da importação de insumos, a indústria já começou a sentir os impactos sobre o custo da produção, segundo informou o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo.

Segundo ele, o dólar alto contribui para a perda de competitividade do PIM. “Ele (o dólar) onera os nossos custos de produção. A grande maioria depende de insumos importados”, disse.

De acordo com Azevedo, para a exportação, a alta do dólar é vista com bons olhos pela indústria nacional. Contudo, o principal mercado do PIM é o brasileiro.

“Se não conseguir repassar esses custos para o meu comprador, eu vou ter dificuldades para ter uma margem de lucro melhor. Hoje as margens estão muito pequenas, ainda mais agora o dólar fazendo par com o ajuste fiscal brasileiro que está lá em cima”, avaliou.

Margem de lucro


O comércio varejista, cujos últimos índices mostraram queda do setor e elevada diminuição da margem de lucro no final do ano passado, o momento é de cautela frente às incertezas do mercado, conforme avaliação do presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra.

“Vivemos uma insegurança grande no nosso país e algo que provoca essa insegurança são as mudanças estruturais que existem. Quando o governo diz que o dólar não será mais monitorado, isso provoca mais insegurança. A nossa esperança é que, como a taxa de jurus mais alta, ela possa segura a elevação da moeda (norte-americana) abaixo de R$ 3. Mas, há previsões de que chegue a R$ 3,22”, avaliou Bicharra.

Segundo o economista Manoel Aires Ribeiro, com o dólar em torno de R$ 2,80, no cenário de importação de insumos, os custos da indústria sofrerão um aumento de 15,22%. Para ele, o cenário será desfavorável até mesmo para as exportações por conta da falta de investimentos em inovação por parte da indústria brasileira e de infraestrutura na conta do governo.

“Por mais que consigamos ter uma taxa cambial que favoreça a exportação, por termos um produto mais barato, mas em contrapartida o nosso produto está perdendo espaço principalmente para os produtos chineses”, avaliou.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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