29/07/2015
As novas Tiger XR e XC, versões básicas das motos Tiger XRx e XCx, foram apresentadas nesta terça-feira (28), na fábrica da Triumph, instalada na Zona Sul da capital. A linha Tiger deve representar cerca de 70% das vendas da marca. A crise na indústria brasileira afetou os números da empresa, porém, o gerente de marketing, Fernando Filie, afirmou que o "pé no chão" foi uma das soluções para se manter no mercado.
"O mercado acima das 500cc tem um perfil diferenciado, tanto que os volumes são diferenciados, o que fizemos foi não deixar que os planos fossem reduzidos. O mercado caiu, óbvio, nossos números, também, mas hoje temos um grupo de concessionários muito sólido. Os piores meses foram janeiro, fevereiro e início de março. Agora, estamos voltando ao nosso patamar, um em que o concessionário consiga se manter. Outro ponto é que a Triumph nunca foi uma empresa de injetar mais produto do que pode vender, nossos números sempre foram muito pé no chão", disse.
Ainda segundo Filie, a meta da empresa é fechar o ano com a inauguração de mais duas concessionárias no país. Atualmente, a Triumph possui 13 concessionárias, mas nenhuma na capital amazonense. "Ainda não temos planos de abrir uma aqui, pois acreditamos que o mercado não é essencial para manter uma concessionária no padrão Triumph", informou.
A participação no mercado brasileiro, de acordo com Filie, é de 9,5%, mas a meta é chegar a 11 ou 12% nos próximos anos. As vendas são maiores na região Sudeste (60%), seguida pelas regiões Centro-Oeste (30%) e Sul (20%). "A linha Adventure e a Tiger 800 é a que mais puxa vendas. Os novos modelos da Tiger já estarão disponíveis em agosto".
Salão Duas Rodas
A empresa informou que está preparando novidades para o Salão Duas Rodas 2015, mas preferiu não antecipar detalhes.
Produção
O gerente geral da fábrica em Manaus, Leandro Oliveira, informou que a capacidade atual de produção é de 7,5 mil unidades por ano e cerca de 400 por mês. Atualmente, produz 4,5 mil. A fábrica realiza a montagem de componentes nacionais e importados. De acordo com Oliveira, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) determina o uso de oito componentes nacionais.
"As principais peças vêm da Tailândia e da Inglaterra. Não podemos determinar quais são os componentes nacionais por uma questão confidencial da empresa. Mas algumas peças como coroa, transmissão, vêm de Santa Catarina", disse.
Sobre a crise no mercado, Oliveira afirmou que a fábrica busca alternativas para reduzir seus custos. "A crise existe e o que estamos fazendo é algumas adequações no nosso plano de produção, de modo a estar alinhado com o mercado. Buscamos alternativas por meio de fornecedores, alternativas logísticas, negociando com portos, aeroportos e buscando as melhores tarifas".
Tiger 800 XC e Tiger 800 XR
Com produção já iniciada em Manaus, a Tiger 800 XR custa R$ 37.690, enquanto a Tiger 800 XC é vendida por R$ 40.790 - ambas com freios ABS de série.
A linha Tiger 800 é a mais vendida da empresa no país e, com as atualizações, deve representar 70% de suas vendas no país. O motor segue o mesmo de 3 cilindros e 799 cc. Apesar de manter as mesmas especificações técnicas dos modelos anteriores, com 95 cavalos de potência e 8,05 kgfm de torque, o consumo foi reduzido em 17%, diz a empresa.
Mesmo que mais simples, as novas versões de entrada da Tiger 800 mantiveram pacote com bastante tecnologia: controle de tração e acelerador eletrônico ainda estão presentes. Em relação aos modelos top de linha, as motos perderam equipamentos.
Fonte: G1.com