19/03/2014
O presidente da CDLM, Ralph Assayag, disse que a manutenção de funcionários do comércio está ameaçada. “As lojas, que no início da greve estavam com estoques para 15 a 20 dias, começaram a ter problemas com a falta de produtos. Dessa forma, não tem como manter os funcionários”, disse Assayag.
Conforme Assayag, até a liberação de produtos perecíveis é lenta. “O estoque das lojas está baixo e a população vai começar a enfrentar falta de produtos e alta de preços nos próximos dias”, afirmou.
No fim de fevereiro, a Justiça Federal concedeu liminar ao Centro da Indústria do Amazonas (Cieam) e 30% dos servidores da autarquia voltaram a trabalhar no desembaraço de cargas e reativaram o sistema de liberação eletrônica de documentos.
O secretário do Sindframa, Sidney Nunes, informou que a proposta do governo federal de criação de um grupo de trabalho para após seis meses iniciar uma mesa de negociação foi recusada. “Vamos continuar com a greve até que o governo sinalize uma proposta concreta de reajuste pelo menos para 2015”, afirmou o sindicalista.
O porta-voz do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Amazonas (Setcam), Raimundo Augusto Neto, afirmou que há 1.960 carretas paradas ou com a carga em depósito por falta de liberação. As cargas estão avaliadas em R$ 319,8 milhões, o que representam R$ 38,3 milhões em arrecadação para o Estado, conforme o Setcam.
As empresas de transporte enfrentam outro problema: o comércio não aceita as cargas que não foram vistoriadas, “mesmo as que são de canal verde (que exige apenas a verificação dos documentos sem a avaliação física da carga)”.
Neto disse que isso penaliza o comércio por falta de comprovação da entrada da mercadoria. “Publicamos um aviso nos jornais para que o comércio receba essas cargas ou os problemas serão ainda maiores”, disse.
Fonte: Portal D24am.com