22/08/2018
Notícia publicada pelo Em Tempo Online
Em resposta a matéria publicada na Folha de
São Paulo, com informações de que a Coca-Cola poderia
deixar a Zona Franca de Manaus, caso não recupere o
subsídio concedido pelo governo federal, a empresa
emitiu nota à imprensa, negando que tenha tal intenção.
A Coca-Cola informou que não tem planos de deixar a
Zona Franca de Manaus, de onde, há 28 anos, produz o
concentrado utilizado na produção de várias das bebidas
fabricadas pelas 36 indústrias da empresa no País.
"O nosso compromisso com o Brasil é sólido e de longo
prazo, numa trajetória que já soma 76 anos. Nossos
valores e práticas incluem diálogo e transparência com
governos e com a sociedade brasileira. Atuamos em 202
países sempre com total respeito às leis locais", diz um
trecho da nota.
Ainda conforme o comunicado, em todo o Brasil,
o Sistema Coca-Cola emprega 54 mil pessoas direta e
outras 600 mil indiretamente na produção e distribuição
de 213 produtos de 20 marcas. "Só este ano nosso
investimento no Brasil foi de R$ 3 bilhões, seguindo o
mesmo patamar de 2017", finaliza.
Serafim Corrêa
O assunto repercutiu na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta terça-feira. O deputado Serafim Corrêa (PSB), durante discurso no plenário, lamentou a possibilidade de saída da empresa que gera milhares de empregos no Estado.
“A Coca-Cola é a maior exportadora entre as empresas instaladas na Zona Franca de Manaus. A renúncia fiscal é o que segura a ZFM, essa foi a concepção do modelo. E essa renúncia vem sendo reduzida progressivamente. Quando a Recofarma se instalou aqu, a renúncia era de 40%, depois caiu para 20% e agora o Governo Federal reduziu para 4%. Ora, 4% de incentivo fiscal não atrai nenhuma empresa para Manaus, dada as dificuldades de logística, de transporte, de porto e aeroporto”, avaliou Serafim.
A renúncia fiscal concedida às empresas localizadas na ZFM está prevista em legislação para atrair desenvolvimento e empregos para a região.
Omar Aziz
Durante entrevista a uma rádio local, o senador e candidato ao governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD) disse que conversou com um dirigente da multinacional. “Fiz um telefonema para um dos dirigentes da Coca-Cola no Brasil e ele me disse que isso não deverá acontecer".