11/11/2015
"O momento exige transformações abrangentes. É preciso que o setor público se comprometa com uma profunda melhoria do ambiente de negócios no Brasil. A agenda passa pelo reequilíbrio macroeconômico, pois a estabilidade e a previsibilidade são condições fundamentais para o crescimento. Mas o ajuste precisa ser rápido e cirúrgico para minimizar os custos que o acompanham”, declarou.
Robson Braga de Andrade defendeu que o problema fiscal deve ser enfrentado de forma estrutural. “É necessário rever regras automáticas de expansão dos gastos, assim como se deve dar atenção às mudanças demográficas que afetam a Previdência Social”, disse.
A CNI defende ainda que sejam aprovados outros avanços, como na estrutura tributária, nas relações de trabalho, na regulação das concessões e na abertura de mercados para facilitar as trocas no comércio exterior. O presidente criticou a proposta do governo de elevar impostos. “Rejeitamos, peremptoriamente, as constantes propostas de criação de impostos e de aumento dos já existentes. Não aceitamos a ressurreição da CPMF. Quem produz e cria empregos neste país não suporta mais pagar tanto imposto”, completou.
Presente na abertura, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, completou que a disputa política não pode prejudicar a implementação das reformas. “Essa agenda demanda um mínimo de entendimento político. A indústria tem a responsabilidade de, ao lado de outras forças sociais, clamar por um entendimento político que permita que se promova o entendimento em torno de uma agenda mínima que não se destina a ajudar esse governo, mas uma agenda de estado”.
ENAI
O objetivo do ENAI, promovido pela CNI nestas quarta e quinta-feira (12), é discutir a crise econômica brasileira e os entraves ao aumento da competitividade. Durante os dois dias, os representantes da indústria vão debater com ministros, parlamentares, empresários e especialistas o tema “Brasil: ajustes e correções de rota”. O encerramento será feito nesta quinta-feira pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, que vai proferir a palestra magna sobre a economia global pós-crise.
Fonte: Portal da Indústria (CNI)