27/11/2025
Entidade mobiliza órgãos ambientais, governo estadual e apoio internacional para fortalecer soluções de gestão de resíduos e reduzir gargalos logísticos que impactam a indústria.
O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) participou, nesta quarta-feira (26/11), de uma reunião estratégica solicitada pela associada Flex para discutir a crescente dificuldade na destinação dos resíduos sólidos gerados pela empresa. Atualmente, 97% dos resíduos gerados são classificados como Classe 2 (não perigosos). Em razão da limitada disponibilidade de empresas recicladoras especializadas na região, aproximadamente 10% de resíduos mensais têm exigido soluções externas para tratamento adequado. Esse cenário tem impactado diretamente os custos logísticos, que se tornaram um fator crítico para a sustentabilidade da operação.
Durante o encontro, foram apresentados os desafios logísticos, os custos elevados e a necessidade urgente de ampliar alternativas regionais de tratamento e reciclagem. A situação tem exigido esforços contínuos da empresa, que já esgotou as possibilidades disponíveis no mercado local.
Lúcio Flávio Morais de Oliveira, Presidente Executivo do CIEAM, reforçou que o tema exige união, técnica e visão de futuro.
“O setor industrial precisa de ferramentas reais para transformar resíduos em valor e diminuir custos que hoje pesam sobre a cadeia produtiva. Nosso compromisso é criar as pontes necessárias para que esse problema encontre soluções definitivas no Amazonas.”
O CIEAM deve conduzir o processo de articulação institucional, envolvendo o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Secretaria Estadual de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDECTI) e demais órgãos responsáveis para avaliar caminhos, modernizar fluxos e buscar soluções que reduzam a dependência de envio de cargas para outros estados. A entidade também solicitará apoio do Consulado do Japão para um novo levantamento técnico da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), com foco em tecnologias e processos aplicáveis ao controle e reaproveitamento de resíduos sólidos no Polo Industrial de Manaus (PIM).
O objetivo é que a agenda de resíduos sólidos deixe de ser um gargalo operacional e se torne uma frente de inovação, competitividade e fortalecimento do ecossistema industrial do Amazonas. O compromisso firmado hoje se converte em movimento: unir conhecimento, tecnologia e articulação pública para que o setor produtivo avance com sustentabilidade e resiliência, construindo caminhos que permaneçam no tempo.
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