20/02/2015
Por meio de nota, distribuída nesta quinta (19), a entidade apontou falta de compromisso do Planalto para pleitos antigos da indústria amazonense e disse querer uma agenda positiva para recuperar a competitividade do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM).
O presidente do Cieam, Wilson Périco, disse que o Polo Industrial de Manaus (PIM) – o terceiro maior do país, com quase 600 indústrias que recolhem anualmente mais de R$ 17 bilhões em impostos e contribuições – não vê retorno algum desses recursos em forma de investimentos em infraestrutura, por exemplo.
Entre os principais pleitos apontados na nota estão: a pavimentação do distrito industrial; o investimento de no mínimo 3% de tudo o que é recolhido pelo governo do Amazonas das indústrias em infraestrutura, bem como a criação de conselhos de transparência no uso deste recurso; e o fim da burocracia para a aprovação de Processo Produtivo Básico (PPB), que autoriza novas indústrias na ZFM.
Outro pleito importante é que a Suframa tenha autonomia para investir ao menos 3% dos recursos recebidos, em sistemas de energia, comunicação e logística, considerados pela entidade “o verdadeiro caos quando se fala do Amazonas”.
Sobre a prorrogação d ZFM, aprovada em agosto do ano passado, o Cieam classifica como insuficiente, uma vez que ela se resume apenas a incentivos fiscais.
Infraestrutura precária
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos e Eletrônicos e Similares de Manaus (Sinaees), Celso Piacentini, a falta de infraestrutura, como porto e estrada, é hoje o maior complicador das empresas instaladas no PIM.
“Nós perdemos pontos com os investidores. Eles chegam ao parque industrial (de Manaus) e se deparam com ruas esburacadas e dizem: quer que eu invista aqui? Estamos muito atrasados. Não temos porto adequado nem estrada”, comentou.
Piacentini observou que, os empresários da indústria amazonense querem com esses questionamentos construídos por várias mãos de representantes do setor um posicionamento do governo para solucionar uma gama de entraves que prejudicam o modelo ZFM.
Fonte: Amazonas Em Tempo