20/09/2024
O Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM) esteve presente nesta quinta-feira, 19/09, por meio de seu Conselheiro Hamzah Nasser, no seminário sobre o Porto de Chancay, que abordou as Oportunidades e Desafios para a Interação da Zona Franca de Manaus e a Amazônia Ocidental. O evento foi uma iniciativa da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) em parceria com a Embaixada do Peru no Brasil.
O plano diretor do Porto de Changay, que se apresenta como uma solução a longo prazo, possui uma projeção de investimento de mais de US$ 4 milhões de dólares, com uma automação de alto nível, porto neutro em carbono, com fontes de energias renováveis priorizadas. A rota entre Manaus e o porto, no Peru, via oceano Pacífico, passará pelo município de Tabatinga, no Amazonas, o que segundo o anúncio trará como grande benefício a redução de custos de transporte de cargas até o continente asiático, em especial a China.
Para o Conselheiro, essa é uma grande oportunidade de reduzir custos com logísticas, além de ter rotas alternativas. “Para a indústria amazonense esse é uma grande oportunidade de, principalmente, reduzir custos logísticos e ter rotas alternativas para a condição que temos hoje tão restritiva com relação às cargas que nós trazemos do oriente, que trazemos da China, e a maior parte delas passa pelo Porto do Panamá que também está passando por bastante dificuldade com relação à seca”, afirmou Nasser.
Também esteve presente na apresentação o Coordenador da Comissão CIEAM de Logística, Augusto Cesar, que definiu como “grande vantagem” a implementação a longo prazo para a indústria amazonense.
“A primeira grande vantagem para a indústria é perceber um projeto de longo prazo ser construído. A segunda grande vantagem é que pode ter um canal de exportação e de saídas de carga de Manaus. Com relação à indústria, foi interessante ver que há uma clareza para o governo peruano e para o governo brasileiro que há muito caminho a ser andado até ser efetivamente uma alternativa para o Polo Industrial de Manaus (PIM). Esse caminho está percebido por todo e está claro que não é uma solução de curto prazo para o PIM, mas toda alternativa e solução de longo prazo é positiva, principalmente para a exportação de soja de todo o Brasil. Isso é valioso para o Brasil, também é valioso para a indústria que está instalada em Manaus”, concluiu o Coordenador.
Entre as autoridades presentes, estavam o superintendente da SUFRAMA, Bosco Saraiva; o embaixador do Peru no Brasil, Rómulo Acurio; o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao; o secretário-adjunto de Articulação Institucional do Ministério do Planejamento e Orçamento, Marcelo Ribeiro Moreira; e o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Serafim Corrêa.