24/02/2015
O DIÁRIO tentou entrar em contato com o Porto Chibatão, mas não obteve retorno da direção do terminal. Os trabalhadores reivindicam melhores salários e protestam contra o corte do benefício no valor de R$ 640 por mês. De acordo com a categoria, a direção do porto apresentou proposta de pagar R$ 1,50 por contêiner cheio e R$ 0,75 por contêiner vazio. "Para ganhar um pouco mais, os carreteiros vão andar com mais pressa no trânsito para transportar mais containers", disse o carreteiro Paulo Victor.
Além da gratificação, a categoria critica que o salário do motorista está defasado. "Ganhávamos R$ 1.540 mais a gratificação de R$ 640 por mês. Mas, agora, sem o benefício piorou. O nosso salário é o menor do Brasil", disse o carreteiro Raimundo Santos.
Os profissionais também afirmaram que não ganham por periculosidade nem insalubridade. "Eles (o terminal) exigem o curso de operações perigosas, direção defensiva, mas não nos pagam para isso", disse o carreteiro Neudson de Oliveira.
O Chibatão é responsável por 80% das cargas que passam por Manaus via navios de longo curso e cabotagem, que navegam pela costa brasileira. A paralisação dos carreteiros do porto deixou, pelo menos, 700 contêineres parados. Mas, segundo o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, só alguns clientes da transportadora OGT foram prejudicados. "A indústria não deve ter impacto", disse.
Segundo o gerente de expedição da empresa Samsung, Jerry Xavier, a paralisação afetou a entrada e saída de mercadorias na manhã de ontem. "Não está descendo e nem subindo contêiner. Acredito que deverá normalizar nas próximas horas", disse. De acordo com Xavier, a paralisação deixou, pelo menos, cem contêineres da Samsung parados.
Fonte: Portal D24am.com