25/02/2014
A ação foi ingressada após 60 representantes do Polo Industrial de Manaus (PIM) terem procurado a entidade para reclamar prejuízos à produção desde o início da paralisação dos funcionários da autarquia, na semana passada.
De acordo com o presidente do Cieam, Wilson Périco, a ação será analisada por um juiz a ser designado para o caso e as mercadorias devem ser liberadas imediatamente, caso o magistrado decida a favor da entidade.
“O mandado foi dirigido para a Suframa e pleiteia o retorno imediato das atividades da autarquia no que concerne à liberação dos insumos produtivos”, adiantou o dirigente ao ressaltar que espera a resolução do impasse, nos próximos dois dias.
O representante informou que o risco de paralisação das fábricas aumentou com a retenção dos insumos, o que levou os fabricantes a pedirem ajuda. Segundo ele, a decisão de ingressar com o mandado é um meio jurídico para resguardar o direito dos fabricantes associados ao Centro.
“Consideramos legítima a reivindicação dos servidores, mas não podemos permitir o prejuízo para o maior setor da economia do Estado e nem proporcionar risco à geração de empregos”, argumentou.
Para Périco, embora o superintendente Thomaz Nogueira trabalhe junto ao Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG) por uma solução, uma medida emergencial se faz necessária.
Ele lembrou que os prejuízos da paralisação podem chegar a R$ 300 milhões a menos por dia no faturamento do parque fabril amazonense. “Os impactos podem ser irreversíveis para o PIM, em especial no período me que a produção, sobretudo de TVs, para a Copa se intensificava”, lamentou.
Impacto
Ao contrário do Cieam, que não confirmou a paralisação da produção de fábricas do PIM por falta de material, o diretor do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa), Sidnei Nunes, afirmou que pelo menos três empresas de grande porte - uma do segmento eletroeletrônico e duas do setor de duas rodas -, começaram a parar as máquinas. “Sabemos que algumas linhas deixaram de funcionar”, informou.
Ele explicou que fabricantes como a Moto Honda, por exemplo, possuem canal livre para a importação e não sofrem com a falta de insumos. Entretanto, ele pontua que empresas que fornecem para os fabricantes de bens finais sofrem os impactos, o que prejudica a cadeia como um todo. “As distribuidoras de produtos para o comércio começam a ser afetadas”, acrescentou.
Fonte: Amazonas Em Tempo