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CIEAM 40 anos, a indústria e a comunidade

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18/08/2019

Coluna BrasilAmazônia Agora publicada pelo Jornal DCI

O que comemorar nos 40 anos do CIEAM, Centro da Indústria do Estado do Amazonas, 10 de Agosto 1979–2019, senão a gratidão dos pioneiros e a renovação dos compromissos cívicos e corporativos desta Entidade que atinge a maturidade e segue fiel ao impulso original de seu fundador, o visionário empreendedor Mario Expedito Neves Guerreiro, e seus parceiros? Nossas prioridades são o atendimento da Indústria, nossas demandas de luta pela infraestrutura e Segurança Jurídica e, particularmente, assegurar o interesse maior da comunidade, a construção de um Amazonas próspero e competitivo. Neste momento de formulação da Reforma Tributária, ganha importância e veemência o apelo histórico pela União de todos, a partir da qual poderemos mais facilmente diversificar, adensar e regionalizar o desenvolvimento e assegurar as condições para o crescimento da Indústria 4.0, a Quarta Revolução Industrial. Ou seja, resguardar nossos direitos de trabalhar com liberdade. Isso significa, portanto, focar na geração de empregos e de alimentos com a piscicultura e a fruticultura, produzidas no menor espaço com maior produtividade, graças aos recursos da tecnologia e nanobiotecnologia. Significa organizar a atividade mineradora e promover a contrapartida de que carecemos dos serviços ambientais que prestamos ao Brasil e ao Clima.

Referência global de Bioeconomia– Queremos reafirmar que não há novidade na transformação do Amazonas em capital mundial da Biotecnologia Tropical. Isso significa amadurecer essa vocação aplicando na região os recursos que a Indústria recolhe para este fim. Sem a intromissão policial e tributarista do poder público, para custear a própria máquina, é claro. O proibicionismo tem de dar lugar ao fomento, não penalizar como instrumento de interlocução mas estimular o fazer corretamente do ponto de vista técnico e socioambiental.

Retomo aqui e recomendo ao nosso Conselho Superior trabalharmos juntos neste conceito de inventário das riquezas da Biodiversidade. Essa tem sido a mais recente intuição do Dr. Mario Guerreiro, revelada em conversas recentes, e é um mote que deveríamos resgatar no conceito original do projeto Radam na perspectiva da Biodiversidade.

E o que é o Projeto Radam? – ? Muitos de nós talvez não saibamos que, em 1975, o empresário visionário Eliezer Batista, o homem que idealizou a Embraer, entre outras genialidades, desenhou o Projeto RADAM para a Amazônia, um levantamento aerofotogramétrico da floresta com equipamentos de sofisticados Raios X, acoplados a aviões de porte longo percurso para vasculhar o que havia de mineral precioso e estratégico no subsolo da Amazônia, um levantamento contido numa biblioteca de Geologia e Mineralogia com mais de 70 volumes. Pois bem, Dr. Mario defende que se faça algo semelhante com as riquezas genéticas da Amazônia, um levantamento precioso e detalhado para levantar a ocorrência de espécies de alto valor agregado e a melhor forma de seu aproveitamento perene. O que vai representar isso para o Brasil, senão a transformação do Amazonas na capital mundial da Bioeconomia da Sustentabilidade, para criar empregos e riqueza nacional

Fibras de classe mundial – Foi com essa sua intuição original que se voltou para as fibras de juta e malva – de olho na Interiorização da economia – antes da chegada da Zona Franca de Manaus, nos anos 50, quando inaugurou a BrasilJuta, com seu parceiro, Adalberto Vale e a presença de Getúlio Vargas. Fibras naturais seriam o sucedâneo dos tempos perdidos com a falta de gestão do poder constituído para a perenidade do Ciclo da Borracha. As fibras regionais consorciadas com algodão, linho e seda, dariam insumos à diversificação à indústria de uniformes profissionais de Manaus, a BDS, Bicho da Seda, uma produção de classe mundial, que é nosso orgulho nativo. Nosso muito obrigado a todos os parceiros do CIEAM, seus colaboradores, novos Guerreiros das incessantes batalhas pelo Amazonas.

(*) Wilson é economista e empresário e o atual presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas.

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