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Chuvas deixam fábrica do Distrito ‘ilhada’ e geram R$ 1 milhão em perdas

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14/10/2014

As péssimas condições da estrada de acesso à fábrica Suzuki, no Distrito Industrial 2, Zona Leste, impossibilitaram a chegada dos ônibus com 300 funcionários, na manhã desta segunda (13). O dia improdutivo gerou prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão, de acordo com levantamento parcial realizado por representantes da empresa.

A rua Aninga, única via de acesso à indústria, poderia se confundir facilmente com um dos inúmeros ramais distribuídos ao longo da rodovia AM 010 (Manaus-Itacoatiara). Sem asfalto, a estrada fica intransitável nos dias de chuva, quando a lama ocasiona o atoleiro.

A chuva, que atingiu a capital durante boa parte do dia de ontem, dificultou e impossibilitou a passagem da maioria dos veículos. Das 15 rotas, apenas uma conseguiu subir a ladeira coberta de lama, por volta das 7h.

Os outros ônibus que tentaram passar pela estrada ficaram atolados e tiveram que ser rebocados por tratores. Funcionários que possuíam carros com tração nas quatro rodas também tiveram acesso ao prédio.

Por conta das dificuldades, dos 300 funcionários, 20 conseguiram chegar à empresa. Com a mão de obra reduzida, a produção teve que ser suspensa e os trabalhadores ficaram ilhados, esperando a chuva passar, com a esperança deque as condições de tráfego melhorassem.

Conforme denúncias, uma trabalhadora sofreu uma baixa de pressão e passou mal. Contudo, ela só conseguiu deixar a empresa por volta das 16h, quando a chuva cessou.

Luta sem fim


De acordo com o diretor da empresa, Antonio Calderaro, há quatro anos – desde quando a fábrica foi implantada, em maio de 2010 – é feita a solicitação à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e ao governo do Estado para que o asfalto seja colocado na via.

“A Suframa passa para o Estado, que passa para a prefeitura a responsabilidade, e temos ficado desta forma. É horrível, estamos lutando há quase cinco anos, pagamos R$ 2 milhões para fazer este ramal, colocamos a rede elétrica e a Suframa não teve nem bom senso de asfaltar para nós”, desabafou.

Por conta da ausência de pavimentação, em outras ocasiões, ele já teve que iniciar a jornada de trabalho mais tarde ou liberar os funcionários mais cedo. Porém, ontem foi a primeira vez que a fábrica parou por completo.

“Amanhã [terça-feira], se chover de novo, será outro dia perdido. Já conversamos com a Seinfra. Eles têm um projeto aprovado, verba aprovada, mas não entram”, lamentou.

Além de suspensa a produção, a entrega de veículos também não pode ser realizada, após a obstrução do acesso. “Temos pedido de quatro carretas de motos para serem entregues, que estão paradas lá dentro, porque não conseguem sair”, disse o engenheiro João Luiz Santos, 42, um dos funcionários que conseguiu entrar na fábrica.

Ele explicou que a empresa já realizou a pavimentação duas vezes, mas o asfalto não foi colocado. Na terceira tentativa, foram colocadas pedras no local que deveria receber o asfalto.

A pé


Após derrapar várias vezes no lamaçal, devido às caixas de roda do carro estarem cheias de barro, o engenheiro João Luiz Santos conseguiu deixar a empresa. Em seguida, os funcionários que entraram de ônibus desceram a pé a ladeira.

Alguns ainda amarraram sacos plásticos nos pés para evitar que os calçados ficassem sujos de lama, mas não deu certo. Eles deixaram a fabrica por volta das 16h.

“Este ramal está nesta condição há mais de quatro anos, toda vez que chove fica complicado e, desta vez, a fábrica parou. Ficamos lá esperando a chuva passar. As rotas não tiveram condição de nos pegar, e viemos a pé”, disse uma funcionária que pediu para não ter o nome revelado.

A reportagem do EM TEMPO entrou em contato com representantes da Suframa, que informaram que o projeto de reestruturação de algumas ruas do Distrito já é previsto pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).

Por meio da assessoria de comunicação, a Seinfra informou que a rua Aninga, assim como mais outras duas, devem ser recuperadas até o final deste ano, seguindo um calendário estipulado pelo governo. Contudo, a data prevista para o início das obras e o montante a ser investido não foram informados pelo órgão.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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