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Chuva e tributos inibem apostas do segmento de bebidas do PIM

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02/03/2015

No ano em que medidas do governo intimidam novos investimentos do empresariado, o setor de bebidas frias no Amazonas deverá ter um crescimento médio de até 4% para 2015. Considerada pequena, a previsão é do Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral de Manaus.

Conforme dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), depois de cair 12,20% em valores nominais no faturamento no ano de 2013 ante 2012, em 2014 o setor cresceu 27,55%, uma recuperação do crescimento em relação às médias históricas.

No primeiro mês do ano, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral de Manaus, Luiz Carvalho Cruz, a produção e as vendas ficaram dentro da normalidade. De acordo com ele, os dados mais concretos do início de 2015 sobre o setor estarão fechados somente em meados de março.

Por conta do período de chuvas do inverno amazônico, a previsão é de que a produção e o faturamento de todos os segmentos de bebidas frias pelo menos empatem com o mês de janeiro do ano passado.

“Nessa época do ano as vendas de bebidas frias sempre são mais baixas por conta do clima”, comenta.

Segundo Cruz, o Carnaval no mês de fevereiro para a indústria e o comércio de bebidas é sempre melhor para o segmento de cerveja em relação aos demais.

No entanto, por conta do clima do período, o mês de apenas 28 dias não será melhor que os demais meses do ano. Se comparado a fevereiro do ano anterior, o período deverá ter crescimento médio de 2% a 3%, no máximo.

Vendas na normalidade


Conforme o presidente do sindicato, o volume de vendas de refrigerante e água está dentro da normalidade. O crescimento, ainda que pequeno, começará a se fortalecer somente a partir de maio, quando diminui o volume de chuvas, afirma Cruz.

“É quando o calor começa a aumentar e, por consequência disso, as vendas melhoram para a nossa indústria”, diz.

Diretor da fábrica Magistral, Cruz aponta que a previsão da empresa para este ano é de 5% de crescimento na venda de refrigerante. No segmento de água mineral, que cresce bem em todo o Brasil, segundo ele, o crescimento ficará entre 12% e 15%.

“A previsão de crescimento do setor como um todo é muito pequena. Os empresários estão receosos por conta de um ano difícil que se desenha no noticiário”, avalia.

Segundo o vice-presidente do sindicato e presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, o crescimento do setor no ano passado foi considerado pequeno e conseguiu um pequeno salto no final do ano por conta das festividades natalinas.

“Agora com essas chuvas todas nós teremos quedas constantes. O Carnaval colabora, mas, como são poucos dias, não influencia tanto. Só no verão teremos grandes volumes e ficará muito mais a partir de agosto e setembro até dezembro”, explica Silva.

Por conta das previsões de crescimento tímido do país para esse ano e dos ajustes tributários aplicados pelo governo, os investimentos da indústria de bebidas frias que vinham sendo aplicados, nos dois últimos anos, ficarão para o próximo semestre ou para quando as vendas começarem a melhorar.

Além do clima, segundo o diretor operacional e sócio-proprietário da Amazon Bebidas, Antônio José Alecrim, pesa para o setor o reajuste da taxa básica de juro de meio ponto percentual, que elevou a taxa Selic para 12,25%. Conforme Alecrim, a alta do dólar encareceu uma gama de insumos de refrigerante, principalmente o açúcar, que sofre influência da bolsa de Nova Iorque.

Outra preocupação está agendada para o mês de maio, quando serão reajustadas as taxas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Segundo o empresário, todos os reajustes pressionam as empresas no sentido de aumentar o preço dos produtos.

Mais eficiência


Para não repassar o peso da nova tributação ao consumidor nem diminuir a mão de obra, Alecrim conta que a empresa produtora da Água Crim, do guaraná Tauá e do refrigerante Fresh procura fazer o dever de casa.  “Melhoramos a eficiência de produção e custos internos para não repassar para o mercado”, diz.

A Amazon Bebidas, que atende a todos os municípios do Amazonas e ainda do oeste do Estado do Pará, prevê crescimento na produção de refrigerantes para este ano de até 5% e de água entre 10% e 15%.

“Nos últimos dois anos, nós trabalhamos investimentos importantes. Mas, agora, seguramos um pouco por conta da taxa de juros. Se melhorar a tendência de vendas, nós voltaremos a trabalhar com novos investimentos”, afirma Alecrim.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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