01/09/2014
De acordo com os dados da balança comercial divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as vendas entre janeiro e julho para o país asiático renderam ao Estado US$ 20,98 milhões, um acréscimo de 48,58% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 14,12 milhões).
Mesmo ainda tímido, o valor atual corresponde a 3,60% de tudo o que o Amazonas já exportou nos sete primeiros meses do ano (US$ 581,71 milhões). Em 2013, essa participação foi de 2,36%.
O principal item responsável pelo aumento das exportações para a China, conforme o Mdic, foi o tântalo, minério utilizado na produção de equipamentos pesados. Ele respondeu por US$ 13,73 milhões em vendas. Componentes para telefonia e resíduos de cobre também apareceram na lista dos mais vendidos, com US$ 950,77 mil e US$ 916,70 mil, respectivamente.
Plena expansão
O gerente-executivo do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Cin/Fieam), Marcela Lima, explicou que o interesse dos chineses pelos recursos minerais do Amazonas é crescente, fator que tem contribuído para o estreitamento das relações internacionais com o Estado.
Segundo ele, a China passa por um processo de renovação em sua política industrial que passa pelo estímulo do mercado consumidor interno. “Para tanto, eles estimulam a produção de itens para serem vendidos no próprio país. No caso desse minério, seu uso vem crescendo em função do aumento da produção automobilística para consumo local”, esclareceu.
A expectativa de Lima é de que esse aumento das vendas para a China represente uma tendência de consolidação de negócios em outras frentes. “Temos o desejo de exportar para a China mais do que commodities e sim produtos como cosméticos e fitoterápicos, uma vez que o PIM já tem um mercado de exportação consolidado”, apostou.
Argentina segue na liderança
Enquanto a China ganha espaço entre os ‘dez mais’ para as exportações amazonenses, a Argentina segue no topo do ranking entre os principais clientes do Estado. Até julho deste ano, os hermanos já adquiriram US$ 150,31 milhões em produtos amazonenses, sendo a maioria, motos de baixa cilindrada.
Mesmo em primeiro lugar, as vendas para o país recuaram 2,89% em relação ao mesmo intervalo de 2013, em parte, devido à crise econômica argentina.
A Venezuela aparece em segundo lugar com US$ 109,67 milhões em compras, seguida da Colômbia com US$ 45,98 milhões. A maior aquisição feita pelos dois países foi em concentrados para a produção de bebidas.
Para o gerente do CIN, Marcelo Lima, a expectativa é de que, a partir do exemplo da China, outros países como Moçambique e Angola, na África, e os Estados Unidos na América do Norte, possam ganhar posições de mais destaque no ranking de clientes do Amazonas, inclusive com mais diversidade nos produtos importados.
Fonte: Portal Acrítica.com.br