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Chibatão investe em logística na ZFM

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29/07/2014

O Porto Chibatão, considerado o maior complexo portuário privado da América Latina com 1 milhão de metros quadrados, sofre as consequências do estado de abandono em que se encontra o Distrito Industrial de Manaus e da falta de políticas públicas que organizem a logística de escoamento dos portos de Manaus.

Contudo, o Grupo Chibatão, localizado no “coração” do PIM (Polo Industrial de Manaus), busca reestruturação e investe pesado em capacitação de pessoal, tecnologia de ponta e expansão, visando atender as demandas que serão originadas com a garantia da prorrogação da ZFM (Zona Franca de Manaus) por mais 50 anos.

“Nós somos o principal elo de ligação do Norte do Brasil com as regiões Sul e Sudeste, Nordeste e também com o mundo todo”. Distribuindo carga principalmente pela América Central e recebendo carga principalmente da Ásia. “Temos também que ressaltar, que cerca de 50% dos produtos que temos em nossas casas, passa pelo Porto Chibatão”, frisou Jhony Fidelis, gestor do Grupo, que responde por 80% das cargas que chegam e saem de Manaus.

De acordo com Fidelis, a empresa passa por um processo de reestruturação visando a prorrogação dos incentivos fiscais da ZFM até 2073. “Não adianta temos os melhores equipamentos do Brasil e da América Latina se não temos pessoas capacitadas para operar. Dos nossos equipamentos 90% são importados da Alemanha ou da Irlanda, e nós capacitamos as pessoas de Manaus, da região e do Brasil para operá-los”, disse.

Segundo o gestor portuário, a empresa vem se preparando ao longo dos dois últimos anos para oferecer alto nível de serviços em logística portuária. Com capacidade de carga estática de 40 mil TEU's em toda sua estrutura que fica à disposição de importantes Armadores como Hamburg Süd, Maersk Mercosul Line, Log-In, CMA-CGM, MSC e também de navios de carga geral e produtos siderúrgicos que se destinam ao PIM.

Manaus atende

Porém, diante da possibilidade do governo estadual, de fortalecer a infraestrutura do porto do município de Itacoatiara (distante 176 quilômetros a Leste de Manaus) com objetivo de atender a capital amazonense, Jhony Fidelis, refuta e justifica simulando a soma das ociosidades do Porto Chibatão com a do Superterminais chega à 70%, hoje. “Manaus não existe demanda para outros portos. Temos juntos 70% de espaço para absorver demanda sem gargalo”, reiterou.

Jhony ainda explicou que a questão de limitação de navios não ocorre em Manaus, ou na região do Encontro das Águas, nem em Itacoatiara, mas em Tabocal (BA) e Fazendinha em Macapá (AP). “Lá sim eles tem limitação com o encontro com o mar. Aqui no Porto Chibatão nós temos um calado, na pior seca, de 20 metros. A limitação acontece em Macapá (AP) e sempre haverá, porque os órgão ambientais não permitem a dragagem do rio que vai afetar o ecossistema”, esclareceu.

Segundo Jhony Fidelis, o município de Itacoatiara ainda não possui estrutura portuária e logística para transportar carga para Manaus e projeto de escoamento de carga via ferroviária com vagão contêiner, torna-se inviável pela questão geográfica do Amazonas, que não facilitam. “Itacoatiara tem uma área muito boa mas não tem estrutura para suportar uma movimentação de um grande porto, afirmou. Ainda segundo Jhony, os navios de a granel sólidos que operavam em Itacoatiara, hoje estão operando no Porto Chibatão e no Superteminais, por falta de estrutura para suportar uma logística portuária.

Também a falta de infraestrutura na questão de mobilidade urbana, dificulta o escoamento de carga portuária em Manaus, principalmente no Distrito Industrial. “Nós temos como alargar essa rua de acesso ao Porto Chibatão, só que dependemos da Aeronáutica, porque é uma área militar e também da questão de envolvimento e querer do governo do Estado, da prefeitura e da Suframa”, relatou Jhony Fidelis. A manutenção das vias de acessos vem sendo realizada pelo Porto Chibatão e algumas ruas no Distrito Industrial, atualmente, são recapeadas pelas empresas privadas, a exemplo da Moto Honda e da LG.

Investimentos

Os principais investimentos que estão sendo realizados pelo Grupo Chibatão são na capacitação de pessoal e em tecnologia de ponta. Na quinta-feira (24) o Porto disponibilizou no mercado o acesso via web da movimentação da carga de cada cliente, através do pátio virtual, substituto do rastreamento via código de barras. “Hoje o cliente tem a informação online detalhada da localização de sua carga/contêiner”, garante o gestor.

No primeiro semestre de 2015 o Grupo Chibatão vai inaugurar mais 360 mil m² de expansão. O novo pátio vai operar com 10 equipamentos RTG's, maiores que os atuais. Mesmo com uma ociosidade de 45%, a empresa, mantém os investimentos, visando mais 50 anos de incentivos fiscais com a prorrogação da ZFM. “Estamos nos preparando para a chegada de novas fábricas. Vamos expandir a capacidade de atracação de navios de quatro para seis berços”, adiantou Jhony.

O Grupo Chibatão é uma empresa familiar que há um ano e seis meses vem sendo reestruturada com melhorias de profissionalização. A alta direção contratou o Workshop RH+Gestor elaborado pela consultora Ana da Luz, voltado para o desenvolvimento de todos os líderes que trabalham no Porto. Esse treinamento visa a busca pela excelência em gestão com visão de resultado. “Esse é um treinamento contínuo que contribui para o desenvolvimento de cada gestor para que eles possam distribuir esse conhecimento para os liderados e caminharmos rumo a profissionalização contínua do Grupo Chibatão”, informou o gestor.

A consultora Ana da Luz desenvolveu a Academia do Servidor, um produto direcionado para os gestores do Grupo Chibatão.

“Nós construímos 10 Workshops de Liderança sob medida para esse grupo de gestores”, explicou.

Fonte: JCAM

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