13/01/2014
Internet das Coisas
O HomeChat, da LG, permite conversar por mensagens de texto com eletrodomésticos. É possível perguntar à geladeira se há cerveja ("sim, três garrafas", responde ela) e, do trabalho, mandar o robô faxineiro limpar a casa, tudo com linguagem natural. "O que você está fazendo agora?", pode-se perguntar à lavadora de roupas.
A Samsung também demonstrou sua plataforma de casa inteligente, a Smart Home, que permite, entre outras coisas, controlar as luzes de casa por meio do celular ou do relógio inteligente Galaxy Gear e desligar o ar condicionado automaticamente quando o dono sai de casa.
Pais podem se interessar pela linha Mimo Baby, cujo macacão inteligente manda ligar o aquecedor de leite automaticamente quando percebe que o bebê em repouso começa a se mexer.
TV's
Os fabricantes apostaram pesado nas telas curvadas, que, segundo as empresas, reduzem distorções e evitam a perda de detalhes. Na prática, é difícil notar as vantagens.
Já os televisores 4K, novo padrão de alta definição que equivale ao quádruplo do atual, o Full HD, estão ficando mais acessíveis: a Polaroid e a Vizio demonstraram modelos que custarão US$ 999. A qualidade da imagem, porém, decepciona um pouco.
As empresas também pretendem tornar mais amigáveis as chamadas TVs inteligentes, com apps e acesso à web: nos modelos com o sistema webOS, da LG, um passarinho de desenho animado ajuda na configuração, e a interface, multicolorida, é mais fácil de operar que a média.
Vestíveis
Talvez envergonhados do jeitão nerd, os relógios inteligentes, que se conectam a smartphones para exibir notificações no pulso, tentaram ficar mais parecidos com os modelos comuns. O Pebble ganhou uma versão nova, a Steel, com pulseiras de couro e aço, a US$ 249 –US$ 100 a mais do que a original, de plástico.
O MetaWatch segue na toada de design austero e compacto. Já o Pine, da Neptune, é um celular com Android de tela de 2,4 polegadas –mas dá vergonha de usar, é enorme. Alternativa para manter as mãos livres será o fone inteligente Jarvis, protótipo da Intel, que fica em stand by o tempo todo.
Tablets, smartphones e híbridos
Com tela maior que a média –12,2 polegadas–, o Samsung Galaxy NotePRO é um tablet voltado à produtividade: com Android 4.4, permite manter quatro aplicativos na tela ao mesmo tempo. Dá até para perdoar a interface confusa.
Uma alternativa antitética é o elegante Lenovo ThinkPad 8, compacto (oito polegadas) e com Windows 8.1, para quem precisa dos programas tradicionais. Indeciso entre Android e Windows? Dá para ter os dois em uma máquina só com o Asus Transformer Book Duet.
Entre os celulares da CES também se destacaram dois opostos. De um lado, o Sony Xperia Z1 Compact, com tela diminuta de 4,3 polegadas e bom desempenho. De outro, o exagerado Huawei Ascend Mate2 4G, com 6,1 polegadas e câmera frontal de 5 Mpixels turbinada para "selfies" (autorretratos).
Games
Acostumados com o papel de coadjuvante durante a CES, os videogames tiveram um pouco mais de espaço sob os holofotes em 2014.
Normalmente as novidades do setor ficam para junho, durante a E3, em Los Angeles, mais importante evento do setor. Mas o lançamento da nova geração de consoles, em novembro, acelerou o anúncio de outros produtos, serviços e acessórios.
A Valve, responsável por jogos clássicos de tiro como "Half-Life" e "Counter-Strike" entrou no mundo do hardware ao anunciar um exército de PCs para concorrer com o PS4 e o Xbox One.
São 13 computadores otimizados para funcionar na sala, ligados às TVs, batizadas de Steam Machines, cada um produzido em parceria com uma empresa diferente. Os preços variam de US$ 500 (mesmo preço de um Xbox One) até US$ 6.000, para PCs mais robustos.
As Steam Machines rodam um sistema baseado em Linux e chegam ao mercado a partir do segundo semestre.
Outras novidades da área foram a atualização dos óculos Rift, de realidade virtual, que ganharam gráficos mais polidos e a companhia de uma câmera externa, que serve para detectar movimentos em profundidade da cabeça.
Já a Sony anunciou o PS Now, um sistema de streaming de games que funciona como o Netflix. O serviço será lançado no meio do ano e permitirá que jogos PlayStation rodem em celulares, TVs, além do PS3, PS4 e PS Vita.
Fonte: Folhaonline.com.br