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Centro de Biotecnologia da Amazônia terá gestão tríplice, diz Suframa

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22/06/2015

Dois dias após o Governo Federal ter anunciado que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) assumiria a responsabilidade pela gestão do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) a informação é desmentida pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). “Estão dizendo que a administração do CBA passou da Suframa para o Inmetro, mas não é isso. A Suframa continua administrando o imóvel, que é da Suframa, e continuará no grupo de gestão do CBA”, explicou o superintendente interino da autarquia, Gustavo Igrejas ao Portal Amazônia.

Igrejas acrescenta que a gestão do CBA será realizada de forma compartilhada entre Suframa, Inmetro e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). “O contrato é muito claro sobre isso”, completa. “O que aconteceu é que foi assinado um contrato de descentralização financeira entre MDIC, Suframa e Inmetro onde a gestão vai ficar por conta das três partes”, esclarece.

O Inmetro ficará responsável por realizar o chamamento público e pesquisas realizadas no centro. Já a Suframa ficará com a manutenção administrativa não ligada diretamente as atividades laboratoriais. Além disso, o direcionamento das pesquisas realizadas no centro passarão de acadêmicas para aplicadas, o objetivo é aproximar ainda mais o centro das indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM).“Com essa mudança de direcionamento esperamos resolver a questão do CNPJ e adotar um modelo de gestão que dependa menos de recursos públicos e passe a ser gerido por recursos privados provenientes do conhecimento gerado através das pesquisas”, explica Igrejas.

Pesquisas paradas


As atividades do CBA estão paralisadas desde a tarde da última quarta-feira (10), quando chegou ao fim o convênio celebrado entre a Suframa, responsável pela administração do CBA, e a Fundação de Defesa da Biosfera (FDB), que garantia a manutenção do centro. No total, 49 pesquisadores que atuavam nos 25 laboratórios do local interromperam pesquisas desenvolvidas desde 2004. Treze pesquisadores permaneceram no CBA de forma voluntária para dar um destino ético aos animais e materiais perecíveis dos laboratórios.

A Suframa era, até o último dia 17 de junho, a responsável pela execução e administração do CBA e a principal mantenedora com aproximadamente 70% do aporte financeiro. De acordo com o superintendente interino, ano passado, os custos do CBA à Suframa ficaram entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões.

A FDB foi escolhida sem chamamento público, o que é criticado por órgãos de controle. “Agora se optou por fazer as coisas em dois passos bem claros. O primeiro é manter as atividades do CBA e realizar um chamamento público fazendo as coisas com maior transparência. O Inmetro tem expertise nesse assunto e já trabalha com inovação e biotecnologia. Eles vão ter muito mais facilidade para fazer o chamamento público que a Suframa”, avalia.

De acordo com informações do MDIC, ainda em 2015, será lançado edital de chamamento público para seleção de bolsas de pesquisa para o centro.

Fonte: Portal Amazônia


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