08/07/2015
A MP foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial, trazendo o decreto que regulamenta trechos da MP e cria o comitê que definirá as regras para adesão e funcionamento do programa. Para o empregado, o salário será cortado em até 15%, mas haverá complementação do valor com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
"Qualquer medida onde preserve os trabalhadores onde não percam seu poder de compra é salutar. Melhor do que o seguro desemprego, onde o trabalhar fica sem assistência médica, odontológica, creche e só recebe cinco parcelas de FGTS. Agora vale lembrar que as negociações precisam passar por assembleia entre os sindicato e trabalhadores", alertou o presidente da CUT-AM, Valdemir Santana, que também preside o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal).
O presidente da Força Sindical no Amazonas, Vicente Filizola, repudia a medida. "O que o governo deveria fazer é incentivar a produção. Porque no fundo estão admitindo que a situação é gravíssima. Os sindicatos estão repudiando. Isso não vai resolver problema nenhum".
O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, acredita que esta e uma boa alternativa para frear demissões no setor, que já somam baixas de 20 mil no Amazonas. "A empresa só vai demitir se não tiver perspectiva de melhora. O projeto dá 12 meses para esperar o mercado retornar. Temos que aguardar para ver a redação do projeto, saber a quem se aplica e, se a Zona Franca tiver contemplada, nós vamos adotar".
Fonte: Jornal A Crítica