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CBA recebeu mais de R$ 150 milhões em 13 anos sem publicar uma pesquisa

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01/09/2015

Com 13 anos de existência, mais de R$ 150 milhões investidos e nenhuma pesquisa publicada, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) segue sem segurança jurídica para cumprir sua finalidade. Atualmente, sob a administração do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o núcleo de pesquisas mantém apenas as atividades prioritárias em funcionamento.

Em audiência pública, em Manaus, para discutir o futuro da entidade, o secretário de Inovação do Mdic, Marcos Vinicius de Souza, afirmou que o centro de pesquisa passou 13 anos desenvolvendo as mesmas atividades que outras instituições do Estado, como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o Instituto de Pesquisas da Amazônia(Inpa),e precisava ter objetivos próprios. O secretário destacou a competência do Inmetro para gerenciar o centro de pesquisas e complementar a cadeia tecnológica para fortalecer o desenvolvimento na região. "O Inmetro não faz apenas testes de qualidade, estamos desenvolvendo um plano estratégico de gestão para o CBA", afirmou.

O projeto de criação do CBA teve início em 1998 e o centro foi inaugurado em 2002, para explorar a biodiversidade regional e desenvolver produtos e pesquisas biotecnológicas. O CBA foi administrado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), até junho deste ano, sem recursos próprios e sem autonomia para contratar servi dores ou publicar resultados. Como secretário de Ciências e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eron Bezerra afirmou que a gestão do CBA deve sair do âmbito do Inmetro e ficar sob a responsabilidade da pasta. Segundo ele, o CBA não funciona após 12 anos de criação porque até hoje não foi gerenciado por um órgão que tenha tradição na área tecnológica. "Se tivermos gestão sob o CBA teremos como contribuir para a geração de uma base econômica que diminua a dependência do Amazonas ao modelo Zona Franca".

Já os pesquisadores do Centro, afirmaram que o núcleo de pesquisa deve ser incorporado à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A representante do Movimento Pró-CBA, Alerna Maria Guimarães, disse que as ações planejadas pelo Mdic podem demorar meses até serem implementadas, enquanto os bolsistas trabalham em situação precária. "Defendemos que a Embrapa assuma os laboratórios e bolsistas do CBA, já que tem comprovadamente experiência em trabalhar com a biodiversidade da região". Alfredo Lopes, do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), destacou que em 12 anos, o empresariado local investiu no CBA, e não teve nenhum retorno quanto à solução dos entraves tecnológicos que emperram a economia amazonense. "Estamos importando até peixe, farinha e goma de outros Estados porque não conseguimos produzir aqui. Não precisamos de uma gestão com sede no Rio de Janeiro ou Brasília, o CBA deve se voltar para problemas locais",afirmou.

Fonte: Diário do Amazonas

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