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CBA quer produção em larga escala, no Amazonas

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19/08/2016

Com potencial de matéria prima, mas sem produção em larga escala, o Amazonas perde mercado como fornecedor de produtos de alta qualidade e grande valor agregado. Esse é o caso de artigos da biodiversidade. “Produtos regionais como guaraná, açaí, óleos de andiroba e copaíba possuem viabilidade econômica, mas precisam ser produzidos em grande escala e com qualidade para que possam ser exportados”, diz coordenador geral do CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia), Adrian Martins.

A unidade de pesquisa, instalada em Manaus, tenta se livrar da dependência do dinheiro público federal, cada vez mais escasso para a ciência, e busca apoio para projetos de lei que assegurem captação de financiamentos na iniciativa privada. O CBA está sob coordenação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Os pesquisadores do Centro não são concursados.

Os projetos foram apresentados aos empresários da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas). Um deles é a criação do laboratório de métodos alternativos ao uso de animais para avaliação de segurança toxicológica de produtos. Outro pretende garantir a cadeia produtiva do Curauá para dinamizar a indústria e o comércio de fibra de origem amazônica. “O Curauá é uma das fibras mais resistentes e as indústrias de automóveis e de celulares já mostraram interesse na utilização industrial da fibra, mas não existe produção comercial para atender a demanda”, disse a coordenadora de Biologia Vegetal do CBA, Simone Silva.

A especialista em Biologia Vegetal disse que o Curauá vai ampliar a ofertas de fibras regionais e que seu valor agregado é superior aos das fibras convencionais cultivadas em terra firme. “A intenção é criar várias unidades de observação no Amazonas. Presidente Figueiredo já ganhou uma unidade de observação com resultados satisfatórios”, revelou.

Também estão entre as propostas a garantia da cadeia produtiva de castanha para a produção de frutos e madeira de qualidade. O projeto de melhoramento e qualificação de insumos comerciais da biodiversidade amazônica prevê melhorar a qualidade dos óleos Pau-rosa, copaíba e andiroba fornecidos e exportados para indústrias de cosméticos, perfumaria e farmacêutica. Também pretende desenvolver novos ingredientes funcionais para a indústria de alimentos a partir de camu-camu, tucumã, açaí e pupunha.

“A adoção de emendas parlamentares para os projetos é importante, porque vai injetar recursos para alavancar o setor produtivo, além de contribuir para a superação das barreiras, promovendo a competitividade da indústria nacional”, declarou Adrian Martins.

O encontro com os empresários foi para que repassem as propostas aos deputados federais e senadores do Amazonas e, também, façam pressão política pela aprovação dos projetos.

Fonte: Amazonas Atual

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