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Carência de profissional em C&T ‘trava’ consolidação de startups no AM

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04/10/2021

A falta de mão de obra qualificada, especificamente em tecnologia, e carência de apoio empresarial ao desenvolvimento de novos negócios são apontadas pela comunidade Jaraqui Valley como entraves ao fomento e à criação de novas startups no estado. Apesar do ambiente estrutural favorável para os trabalhos na região, profissionais da área de Ciência e Tecnologia (C&T) preferem contribuir com prestação de serviços às empresas por questões salariais.

O Jaraqui Valley é uma comunidade voluntária que tem o objetivo de facilitar o acesso das startups às diversas instituições e programas de desenvolvimento de novos negócios.

A líder de comunidade do Jaraqui Valley, Gláucia Campos, afirma que o ambiente, no Amazonas, é favorável ao desenvolvimento de novos negócios digitais. A região, segundo ela, proporciona infraestrutura, universidades (necessárias à formação de profissionais), incentivo municipal por meio de legislação, investimentos por meio da Lei de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Porém, o ambiente propício, segundo ela, esbarra no déficit de profissionais da área tecnológica.

“A nossa região é uma das mais ricas em relação a ambiente para desenvolvimento de novos negócios. Porém, o ambiente regional é extremamente competitivo. O Amazonas é um dos primeiros, no país, na oferta de emprego em tecnologia. Isso também reflete no surgimento de startups porque a startup precisa de uma pessoa com conhecimento técnico para validar o produto, para formar a startup, e não temos esse recurso humano”, comentou.

Segundo Gláucia, os 55 institutos voltados à área de C&T que operam no estado, registram atualmente 500 vagas de emprego em aberto, por falta de mão de obra qualificada. O Amazonas também concentra 85 startups que desenvolvem soluções diversas.

“Não considero o total de startups existentes na região um número ruim. Mas também não é um quantitativo que se aproxime ao número nacional como por exemplo, as 2 mil startups existentes somente em São Paulo. A falta de pessoal para contribuir com o trabalho é uma das principais dificuldades para manter as startups”, considerou.

Jaraqui Valley

Gláucia Campos conta que o Jaraqui Valley funciona através de encontros mensais que tem por objetivo fomentar o networking entre startup e os mais diversos atores do ecossistema de inovação. Os trabalhos iniciaram entre 2013 e 2014.

“Os encontros mensais começaram após um grupo de empreendedores digitais visitarem o Porto Digital no Recife, em Pernambuco. Na ocasião, o grupo participou de um meetup à beira mar, o que despertou o interesse em levar o formato de roda de conversas para Manaus”, relatou a representante.

Anualmente, a comunidade organiza o Prêmio Jaraqui Graúdo, honraria criada para reconhecer a atuação de pessoas e instituições em prol do desenvolvimento de startups em Manaus.

No ano passado, mm sua quinta edição, a premiação premiou os melhores representantes em 16 categorias. O Prêmio Jaraqui Graúdo se desenvolve em três fases. Na primeira ocorre a indicação popular. Na segunda, o Comitê Avaliador escolhe os três finalistas e na última fase, o Comitê indica o vencedor de cada categoria. O Comitê Avaliador é formado por 35 pessoas de notório conhecimento em inovação e startups, sendo 80% deles, membros locais e 20%, nacionais.

Texto: Priscila Caldas

Fonte: Real Time1

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