14/07/2017
Reportagem publicada no portal G1.com
Quarenta e oito horas, este foi o tempo percorrido pela Caravana de Jornalistas pela BR-319 entre as capitais Porto Velho (RO) e Manaus (AM). A exepedição pelos quase 900 quilômetros começou dia 11 de julho em Rondônia teve fim nesta quinta-feira (13), com a chegada da caravana ao Porto de Manaus.
No trajeto entre os dois estados, poeira, buracos, difícil escoamento de produtos, tráfego de caminhões pesados e obras na pista. A BR que foi inaugurada na década de 1970 ainda é sinônimo de discussão no cenário político administrativo.
O jipeiro e produtor rural Neuri Torres faz o percurso ao menos três vezes ao ano e pela primeira vez na época da seca. Segundo ele, em todas as vezes, há dificuldades para chegar a Manaus.
"Estamos muito confiantes que desta vez saia [o asfalto], porque é muito importante essa estrada pra gente, pois sem ela, fica muito difícil o escoamento do nosso produto. Sou produtor rural no Amazona também e por isso estou muito confiante para que arrumem a estrada, para enviar minha carne, meu peixe, já que não posso enviar pra Rondônia", declara.
Conforme André Marcílio, presidente da Associação dos Amigos e Defensores da BR-319, para que as obras de fato iniciem, é preciso que um estudo específico seja concluído. "O que falta hojé é o estudo de componente indígena, que o Dnit já providenciou. A partir disso a licença para a repavimentação da 319 deve ser liberado. É o que esperamos e pelo que vamos continuar lutando", diz.
Para o tenente coronel Fonseca, comandante do 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) em Humaitá (AM), a repavimentação ajudará a população local. "A 319 é uma das mais importantes da região e tem grande relevância logística principalmente para as plantações da região como a da castanha, do açaí, da banana e do peixe, além de chegar produtos para a população local. A estrada é tudo e sinal de desenvolvimento", conclui.
Segundo o diretor das afiliadas da Rede Amazônica, Antônio Campanari, o objetivo foi alcançado. "Missão cumprida, quero dizer a todos os jornalistas que chegamos ao nosso objetivo. Mas nós não terminamos, apenas começou. A missão é smepre uma estrada que continua e cumprir esse trajeto é uma parte do pouco que podemos fazer pelo Brasil. Fomos bem recebidos pelo exército, pelo Almirante da Marinha, Suframa, Bombeiros e demais parceiros", finaliza.
Composta por mais de 20 carros e cerca de 50 pessoas, a caravana foi recepcionada pela população e por autoridades militares no pátio da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) com apoio de parceiros da Rede Amazônica.