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Caminhoneiros vão se reunir para discutir possível paralisação no AM

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30/10/2018

Notícia publicada pelo Em Tempo Online

Passado o período eleitoral, os caminhoneiros se reúnem na próxima quinta-feira (1º), em Brasília, para decidir se haverá uma nova greve da categoria. A principal reivindicação dos trabalhadores do setor, que parou o Brasil em maio deste ano em razão do preço do diesel, é uma maior fiscalização no cumprimento da tabela do piso mínimo do frete, conquistado junto ao governo naquela época.

Segundo o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros e Carreteiros Autônomos de Cargas do Estado do Amazonas (Sindccaceam), Sérgio Alexandre da Silva, o encontro da categoria também deve discutir outras questões.

“Mas a principal delas é, sem dúvida, a fiscalização da tabela do frete. Precisamos desse serviço o quanto antes para tudo funcionar de maneira regular”, destacou.

Em outros estados brasileiros, como é o caso de Goiás, iniciou-se uma pequena manifestação. A justificativa seria o pagamento com um valor abaixo do frete mínimo. No entanto, o movimento estaria sendo realizado por entidades não sindicais.

“Por enquanto, os trabalhadores regulares ainda estão programando apenas a reunião. Paralisação da categoria ainda não está determinada”, afirmou.

Com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente da República, o dirigente espera que a situação da categoria seja resolvida e que novas paralisações, a partir do próximo ano, não sejam necessárias.

Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, a manifestação dos caminhoneiros é benéfica, desde que não prejudique a sociedade, como aconteceu em maio deste ano.

“Diferentes setores ficaram prejudicados, afetando a população como um todo. É preciso analisar todas as questões para ninguém ter prejuízo às vésperas de fim de ano”, enfatizou.

Maio

No fim de maio deste ano, caminhoneiros de todo o país entraram em greve contra o aumento no preço dos combustíveis, principalmente os altos tributos do diesel. A paralisação causou enorme prejuízo para a economia nacional, prejudicando setores como transporte e alimentação, com a falta de produtos em postos, em feiras e supermercados.

Outro ponto afetado foi o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com dados do Ministério da Fazenda, a estimativa é de que ocorra uma queda de 1,2% no produto deste ano, devido à paralisação dos caminhoneiros.

No mês de maio, a categoria pedia a redução das alíquotas da contribuição para PIS/Pasep e Cofins sobre as operações com diesel. Pelo país, os caminhoneiros também solicitavam a melhoria na infraestrutura e na segurança das estradas e rodovias.

Outras dificuldades dizem respeito ao recebimento da empresa contratante do valepedágio destacado do valor do frete, além da falta de ajuda no pagamento do financiamento feito pelo caminhoneiro.

A paralisação dos caminhoneiros provocou desabastecimento de combustíveis e de alimentos em diversos estados, inclusive no Amazonas. Como estratégia de negociação, o presidente Temer decidiu congelar por 60 dias a redução do preço do diesel na bomba em R$ 0,46 por litro.

O governo concordou ainda, na época, em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o país, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário.

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