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Câmbio leva indústria de eletrônicos a adiar negociações

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16/03/2015

Diante da grande volatilidade do câmbio,a indústria de aparelhos eletrônicos, como TVs e telefones celulares, por exemplo, suspendeu as negociações de venda de grandes volumes com redes varejistas para entrega no 2.º semestre.

“Como esse segmento da indústria é muito dependente de componentes importados, os empresários estão segurando o fechamento de novos contratos de venda para ver onde o dólar vai se estabilizar”, diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato.

Mas ele ressalta que os contratos em vigor estão sendo honrados.

No caso das TVs, 80% dos componentes são importados. Nos tablets, essa fatia chega a 75%.O executivo de uma grande fabricante de eletrônicos, que prefere o anonimato, conta que há duas semanas suspendeu as negociações de venda de grande volumes porque não há um horizonte de previsibilidade para o dólar. Toda a estrutura de custos da companhia está atrelada ao dólar,incluindo as matérias-primas produzidas localmente,caso dos plásticos. Com isso, a empresa tem dificuldade para fixar os novos preços. Mas é consenso entre os fabricantes de eletrônicos que o câmbio não retornará ao patamar inferior a R$ 3 e que o repasse da alta para o preço é inevitável.

Enquanto os fabricantes de eletrônicos estão às voltas com pressões de custos, a indústria de equipamento elétrico, como transformadores e motores, comemora a desvalorização.

Barbato diz que a desvalorização do câmbio é favorável a esse segmento da indústria elétrica porque aumenta a competitividade dos produtos exportados.

“Essas indústrias têm perspectivas melhores para o 2.º semestre, já que os contratos são por prazos mais longos.”

Déficit. A indústria química, dona do maior déficit da balança comercial, de US$ 32 bilhões por dois anos seguidos, deve continuar pressionada. “O déficit só não cresceu porque o País não cresceu”, diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo.

Ele explica que 35% dos insumos usados no setor são importados e não há como substituí-los por matéria-prima nacional.

Para Figueiredo, a indústria vai repassar a alta de custos para preços e não deve buscar compensação com redução na produção.

“Há três anos rodamos com 80% da capacidade. Estamos no limite do limite.”

Fonte: Abinee

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