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Calor aquece setor de ventilador e ar condicionado

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09/01/2014

As altas temperaturas registradas nos últimos dias em todo o País beneficiaram as vendas de ar condicionado, ventiladores e climatizadores no varejo. E a procura por estes itens é tão grande, que algumas lojas já sofrem com falta no estoque. Para aproveitar essa oportunidade, fabricantes como a Arno, do Grupo SEB, e a Consul, da Whirlpool, já fazem ajustes nas suas linhas de produção para atender a demanda.

As duas fabricantes já trabalhavam com projeções de um verão severo. Por isso, a Arno decidiu ampliar o seu nível de produção na categoria de ventiladores na passagem de 2013 para 2014. "A decisão nos rendeu bons frutos até agora. Já registramos um crescimento de duplo dígito em comparação com o mesmo período do ano passado [2012/2013]", diz a gerente de produtos do Grupo SEB, o detentor da marca Arno, Carolina Giuntuoli Rozenblit.

No entanto, mesmo com todo o planejamento prévio, a marca se surpreendeu com um 'verão tão severo' como o observado nos primeiros dias de janeiro. "Na região Sudeste, principalmente, o verão demorou um pouco mais para chegar. Assim, as temperaturas em novembro e dezembro não estiveram tão altas. Já no mês de janeiro, surgiu esse calor intenso", afirma a gerente ao DCI.

Diante deste cenário, a marca decidiu manter sua produção no limite da capacidade. "Em geral, a partir de janeiro, a indústria inicia um período de menor volume de produção, devido ao fim da sazonalidade de verão. Mas, com esse forte calor em janeiro, decidimos manter nossa produção no limite da capacidade", ressalta Carolina.

Ainda segundo a executiva, além da manutenção da produtividade, a empresa não enxergou a necessidade de nenhum grande 'ajuste de rota'. "A Arno se prepara com muita antecedência para este período, dando início à produção seis meses antes do começo das vendas. Seguimos entregando os produtos de acordo com os planos firmados com nossos principais clientes", acrescenta.

Já a indústria de ar condicionado tem crescido a taxas de 10% a 15% ao ano, segundo o vice-presidente de relações institucionais da Whirlpool Latin America, Armando Valle. E para colher bons resultados, a empresa também inicia sua produção em julho.

"O calor registrado nos últimos dias já era esperado para o mês de dezembro. Por isso, o que ocorreu foi um deslocamento da demanda. Fechamos dezembro com um excesso de estoques e entregas. Mas a produção está normal", diz.

De acordo com o executivo, na categoria de ar condicionado, não há falta nem excesso de produtos no mercado atualmente. "A nossa expectativa é que a demanda por ar condicionado aconteça até o mês de março, quando a temperatura diminui", explica.

Ainda segundo o profissional, a produção deste segmento segue 'a todo vapor', ao contrário do que acontece com outros setores da indústria que ainda estão no período de férias coletivas.

E não é de agora que as temperaturas vêm ajudando os negócios. Um levantamento da consultoria GfK, em 2013, já registrava o bom momento vivido pelo mercado nacional de climatização. De acordo com o estudo, entre janeiro e agosto do ano passado, o faturamento do setor cresceu 19% em comparação com o mesmo período de 2012, somando R$ 2,8 bilhões.

Na ocasião, a categoria de purificadores de ar, composta por climatizadores e umidificadores, registrou o melhor desempenho, com alta de 55% na receita. Já os ventiladores, tiveram um aumento de 28%, enquanto o ar condicionado split fechou o período com alta de 33% na receita.

Matérias-primas


Questionado sobre um possível aumento no valor das matérias-primas, Valle afirmou que a marca não teve problemas relacionados a esse assunto. Já a Arno reforçou que, mesmo com alguns fatores impactando nos custos das matérias-primas, não precisou repassar preços para o produto final, nem na área de ventiladores nem na de circuladores de ar.

"Embora o cenário não esteja muito favorável, com a alta das commodities e a desvalorização cambial que elevam os custos dos principais insumos, não tivemos que reajustar preços. Dessa forma, os números atuais devem ser mantidos no mesmo patamar até o final do verão", diz Carolina. Os preços dos ventiladores variam entre R$ 100 e R$ 270.

Fonte: DCI

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