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Cai número de operações no terminal de cargas do aeroporto de Manaus

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02/12/2013

O Terminal de Logística de Cargas (Teca) do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes é, atualmente, o maior em movimentação de mercadorias no País, de acordo com último boletim estatístico da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Até outubro, 135,3 mil toneladas passaram pelo complexo, superando os aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG).

Apesar de alcançar o topo do ranking, na comparação com o ano passado, Manaus deve fechar o ano com retração nas operações, admite a gerente de logística da Infraero, Maria Cristina Prado.

Além dos desafios ocasionados pela economia atual, Prado prepara o Teca para receber a demanda do Polo Industrial de Manaus (PIM) impulsionada pela Copa de 2014, com investimentos que chegam a R$ 100 milhões.

Como está hoje o tempo para liberação e a capacidade de cargas da Infraero em Manaus?

Hoje já temos uma folga no processo de liberação de cargas, atualmente com prazo médio de dois dias de liberação. Até porque existe um compromisso entre os órgãos anuentes. Sempre conversamos com a Receita Federal, discutimos o que está demorando, se existe algum problema na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou na própria Infraero. Nosso processo está bem mais rápido, principalmente por estarmos 24 horas em operação.

Quais foram as principais ações da Infraero em 2013?

Nesse ano, continuamos o nosso trabalho na infraestrutura do terminal e temos como novidade o novo sistema de transelevador, que será exclusivo para as empresas da Linha Azul. Nós fizemos um novo transelevador, que será inaugurado em dezembro e com ele pretendemos aumentar a capacidade do atual, porque vamos migrar as operações das empresas Linha Azul (Nokia, Samsung, Yamaha, Sony e Jabil), com uma capacidade de 6 mil toneladas de giro, diariamente. Hoje, temos um de 12 toneladas em giro. Isso vai representar um aumento de 25% a 30% na nossa capacidade de movimentação de cargas. Só nesse sistema teremos 18 toneladas por dia em giro.

Como andam os outros projetos que a Infraero está tocando, em conjunto com outros órgãos, como o de nacionalização de cargas marítimas?

Começamos a trabalhar na operação ‘Carga Marítima’. Vamos selecionar uma empresa para fazer essa operação, que já é sucesso em outros aeroportos e consiste em dar vazão às cargas marítimas. A carga chega pelo marítimo, é emitida a DTA (Declaração de Trânsito Aduaneiro) pelo aeroporto e é liberada no contêiner via rodoviário pela Receita do aeroporto. Como a liberação aérea é mais rápida, o que muda é que damos mais agilidade ao processo do porto, pois transferimos toda a morosidade do porto para o aeroporto. Estamos conversando com a Receita, pois precisamos atuar em conjunto.

Com relação aos investimentos, quanto a Infraero aplicou em 2013?

Somente no transelevador estamos investindo R$ 26 milhões. Na operação de cargas marítimas, vamos utilizar a estrutura que temos, pois vamos fazer com apenas uma empresa e se realmente houver adesão, aí investiremos. Em termos de investimento global, passamos os R$ 100 milhões. Com esse valor, fizemos a ligação da passarela, unindo o terminal de cargas 1 com os outros de carga nacional, a reforma do terminal de cargas, o novo transelevador, investimos em novos equipamentos. Estamos montando todo esse cenário para 2014 e temos outros investimentos no plano de ação, independente da Copa. Esperamos que essa Copa traga bastante investidores, e acredito que estamos preparados sim para a demanda que o evento deve trazer.

Como você avalia os resultados em 2013? Foi um ano satisfatório para a Infraero?

Vejo que 2013 foi um ano diferente de 2012, que havia tido mais crescimento. Em 2013 houve redução nas operações de movimentação. Estamos trabalhando com uma projeção de redução no fim do ano em torno de 5%, ou até mais. O cenário realmente está bem acanhado, mas vejo 2014 como um ano bem promissor.

Esse ano promissor deve estar ligado principalmente ao evento?

Até por causa da Copa, acredito que ao iniciar 2014 as empresas vão começar a investir mais, fazer a produção para o evento. Essa produção já deveria estar acontecendo, mas vejo que ainda não houve esse acréscimo. O próprio cenário, as operações do comércio exterior, as crises nos outros países afetam o desempenho. Em 2010, muitas pessoas acham que foi culpa de alguém. Na verdade foi culpa de um contexto, onde todos achavam que iam lucrar por causa dos eventos, e sabemos que até hoje muitas empresas têm estoque parado porque projetaram um crescimento, que chegou, mas não conseguiu ser distribuído.

Fonte: Portal D24am.com

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